Eduardo Leite detalha sua gestão para diretoria da CDL POA em reunião-almoço na sede da Entidade

Na reunião-almoço desta terça-feira (22), a diretoria da CDL POA recebeu o governador Eduardo Leite para debater as principais questões dos setores do varejo, comércio e serviços, no Rio Grande do Sul, e acompanhar a prestação de contas da gestão do Chefe do Executivo Estadual.

Ao abrir o encontro, o presidente da CDL POA, Irio Piva destacou que a Entidade figura entre as mais longevas em atividade no Brasil a promover uma iniciativa como o Liquida Porto Alegre, em sua 25ª edição, e aproveitou a oportunidade para entregar um documento no qual fez duas solicitações em nome do varejo gaúcho. Piva solicitou a atualização do Simples Estadual e a criação de um programa de recuperação de créditos para as empresas, com fato gerador a partir de 16 de março de 2020 até 31 de dezembro de 2021 – este último pedido, já requerido ao Governo do Estado em maio de 2021.

Em resposta, Eduardo Leite afirmou que dará andamento às solicitações: “No início do governo, ao ouvir as demandas, eu costumava dizer que não me faltava carinho e sensibilidade, me faltava dinheiro. Agora, a situação financeira está melhor e vou encaminhar à Fazenda”. Ainda, em sua apresentação, o governador retomou que os salários do funcionalismo foram colocados em dia, inclusive pagando dois 13º em 2021, o parcelado de 2020 e o do próprio ano. O superávit primário, sem corte de investimento, ocorreu em 2021 pela primeira vez desde 2009. “Isso aconteceu somente em oito anos desde 1971 sem que houvesse operações de crédito ou entrada de recursos de privatizações. Fechamos no azul em 2021 e vamos conseguir neste ano novamente, dispensando recursos das privatizações”. 

A seguir, Leite fez referência às reformas previdenciária e administrativa, quando revisou e cortou vantagens dos funcionários públicos: “É antipático, sim, mas necessário, pois o desajuste fiscal impedia investimentos”. Com o mapa do Brasil na tela, comparou o RS a outros Estados a fim de desconstruir o pré-conceito de que aqui o ICMS é maior. Argumentou que, em 2022, o RS reduziu as alíquotas aumentadas desde 2018; passou a ter menor alíquota modal praticada pelos Estados (17%); passou a ter uma das menores alíquotas de combustíveis, como a gasolina (25%) e se mantém entre as menores alíquotas no diesel (12%).

O governador detalhou programas desenvolvidos e resultados alcançados na tecnologia, saúde e obras para qualificar a estrutura hospitalar, cultura, segurança, sustentabilidade, logística e mobilidade. Dedicou mais tempo à educação: “É um tema que muito me preocupa, pois a formação de mão de obra é fundamental. O Rio Grande, inclusive, antecipa o que vai acontecer no restante do País, ou seja, a perda de bônus demográfico. O Estado perdeu muito espaço na educação por causa da falta de capacidade de investimento, gerando ambiente de perda da inteligência do serviço público. Agora, um dos nossos desafios é fazer o governo rodar com as limitações. A carência de capacidade intelectual da máquina governamental não era percebida porque não havia como investir. A máquina estava enferrujada. O funcionalismo precisa estar habilitado a formular e a conduzir o serviço público. E a educação, como um todo, precisa estar sintonizada à nova economia”.     

Especificou, por exemplo, que, no segmento de Projetos Turísticos e Parques Urbanos, serão investidos R$ 196,9 milhões em 2022. “É o equivalente ao que foi investido em 17 anos multiplicado por 13”, fez as contas o governador, recebendo palmas. “Pedi aos municípios para apresentarem projetos para seus parques. Nesta segunda-feira mesmo (21/02), estive em Rio Pardo, que teve a Orla dos Ingazeiros custeada pelo Estado”. Em resumo, concluiu, são três pilares que continuarão a nortear a gestão — crescimento econômico, pessoas e sustentabilidade. “E peço desculpas por ter me alongado tanto, mas esta deve ser a última vez que me vocês convidam como governador”, finalizou Leite.

 

Data

22 fevereiro 2022

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