Brasil e a necessidade de reformas

Brasil e a necessidade de reformas

19

JUNHO, 2017

Economia

Não é novidade que o nosso país carece de melhorias em quesitos fundamentais. Precisamos de mudanças na saúde, na educação, na legislação trabalhista, na previdência, na tributação e na política. Infelizmente, foi necessário que o Brasil vivesse a pior recessão de sua história para que a pauta de reformas fosse amplamente discutida. Poderíamos (e deveríamos) ter feito isso antes. Mas não adianta pensar nisso agora, já que o futuro nos demanda mais atenção do que o passado.

Ainda estamos vivendo os desdobramentos de uma crise política tão profunda que ninguém sabe ao certo quando ela começou. Somos um país acostumado com a corrupção no poder, mas que recém começou a se revoltar com esse assunto. Serão as nossas ações daqui para frente que irão determinar o nosso rumo. Podemos nos esforçar para modificar aquilo que precisa ser modificado ou podemos ficar na zona de conforto e deixar tudo como está.

No campo previdenciário precisamos tornar a previdência sustentável a longo prazo. No campo trabalhista, poderíamos tornar a relação de trabalho menos custosa ao empregador e menos onerosa ao empregado, o que estimularia a geração de emprego e renda. O nosso sistema tributário precisa ser simplificado. Segundo o Paying Taxes 2017 (feito pela PwC), as empresas são as que mais gastam horas de trabalho no mundo para que o pagamento de impostos seja feito de maneira correta. Este custo indireto da tributação brasileira é, na verdade, o custo da nossa burocracia.

Não são poucas as mudanças que podemos fazer no país, mas sem um comprometimento dos brasileiros (principalmente os que votam), nada será feito. Se usarmos os próximos anos para melhorar as bases estruturais do nosso país, a crise não terá sido em vão. Precisamos fazer a nossa parte em fiscalizar as mudanças e em eleger aqueles que não vão desviar os nossos tributos.

 

Acesse as colunas do Economista Victor Sant’Ana.

*VICTOR SANT’ANA É ECONOMISTA DA CDL PORTO ALEGRE E POSSUI GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS E MESTRADO EM ECONOMIA APLICADA PELA UFRGS.

Data

19 junho 2017

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