Entenda como as transformações no sistema financeiro provocadas pelo Open Finance podem impactar o mercado
Até pouco tempo atrás a maioria dos dados financeiros das pessoas ficavam presos nos bancos tradicionais, mas com o advento do Open Finance, segmentos que antes não trabalhavam com serviços de crédito ou outros podem começar a ampliar seu portfólio de soluções. Dessa forma é possível expandir as empresas e melhorar a oferta e o poder de compra do consumidor.
A implementação do Open Finance provoca o surgimento de uma nova era para os serviços financeiros: a do compartilhamento. Com a chegada de novos players, o mercado observa, consequentemente, maior competitividade. A iniciativa, que permite que os clientes compartilhem informações com diferentes instituições financeiras, deve favorecer o surgimento de novos produtos e serviços – bem como a acessibilidade aos mesmos.
Com isso, o aumento do acesso aos dados dos consumidores pode promover diretrizes mais direcionadas e personalizadas para a prestação de serviços. Tanto bancos tradicionais, quanto fintechs, devem começar a estabelecer um novo formato de atendimento: focado essencialmente na demanda dos consumidores.
Compartilhamento de dados e avanço tecnológico devem impactar o mercado financeiro
A partir da permissão do compartilhamento de dados pelos clientes, diferentes setores podem começar a ingressar no mercado de crédito, principalmente oferecendo possibilidades de contratações para consumidores não bancarizados. Nesse sentido, o avanço tecnológico e o surgimento de novas empresas focadas em atendimento virtual pode potencializar o acesso ao crédito, mesmo para quem não está vinculado a um banco tradicional, por exemplo.
O Open Finance deve promover não só o compartilhamento de dados, mas também uma transformação para o sistema financeiro, principalmente por possibilitar novas oportunidades de negócio. De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a previsão de crescimento da carteira de crédito é de de 8,3% para 2022, ou seja, devemos observar não só uma cesta de produtos muito mais ampla, mas também diferentes ofertas de mercado em termos de valores, carência e condições de pagamento, bem como reflexos nas taxas de juros.
Conforme a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2021, os dispositivos móveis concentraram 51% do total de transações financeiras e o número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões (aumento de 42,9% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 37 bilhões). Portanto, os avanços da tecnologia, a implementação do Open Finance, o surgimento de novos players e, consequentemente, o aumento da competitividade devem impor desafios para as instituições financeiras.