O Governo Federal optou novamente pelo adiantamento do 13º salário de aposentados e pensionistas vinculados ao INSS para as folhas de abril e maio – recursos que normalmente são depositados apenas no segundo semestre, entre agosto e novembro. De acordo com o Ministério da Previdência Social, a injeção esperada é de R$ 73,3 bilhões para o Brasil. O presente Estudo Técnico visa a regionalizar a cifra para o Rio Grande do Sul.
Metodologia:
A ideia é averiguar a participação das transferências do INSS destinadas para aposentados e pensionistas no Rio Grande do Sul como proporção do Brasil. Recorremos, então, aos números do Ministério da Previdência Social. As estatísticas, referentes ao ano de 2024, seguem abaixo.
Benefícios distribuídos pelo INSS para aposentados e pensionistas – Brasil e Rio Grande do Sul
(Em R$ bilhões – preços de 2024)
Fonte: Ministério da Previdência Social / Boletim Estatístico da Previdência Social (BEPS) – 2024. Elaboração: AE/CDL POA.
O montante em nível nacional deriva de 34,396 milhões de beneficiários com valor médio de R$ 1.745,54. Já para a esfera local, são 2,711 milhões de pessoas, cujo provento médio é de R$ 1.795,55.
Portanto, o Rio Grande do Sul respondeu por 8,11% do total. Se empregarmos esse percentual sobre o efeito previsto da medida para o conjunto dos estados (R$ 73,3 bilhões), chegaremos ao patamar de R$ 5,94 bilhões para os gaúchos.
Se replicarmos a mesma lógica para todas as Unidades da Federação, é possível criar um ordenamento relativo à projeção decorrente da antecipação. O RS figura na quarta colocação, atrás somente de São Paulo (R$ 20,43 bilhões), Minas Gerais (R$ 8,16 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 6,87 bilhões).
Estimativa de impacto do adiantamento do 13º salário para aposentados e pensionistas por Unidade da Federação
(Em R$ bilhões)
Fonte: cálculos próprios da AE/CDL POA com base no Ministério da Previdência Social. Elaboração: AE/CDL POA.