Taxa de desemprego mantém-se em 3,4% em setembro na Grande Porto Alegre

Os dados do IBGE e do Ministério do Trabalho sobre o Mercado de Trabalho em setembro apontam novamente para um cenário de estabilidade nas variáveis ligadas ao emprego tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil:

  • Taxa de desemprego fechou em 3,4% em Porto Alegre;
  • Em relação a setembro/12 houve queda 0,2 ponto percentual;
  • Na média em 12 meses, manteve-se estável em 3,7% pelo 5º mês consecutivo;
  • Para o Brasil, o cenário também é de estabilidade: 5,4% em setembro, mesma taxa do ano passado;
  • Na média em 12 meses, a taxa também manteve-se estável em 5,4%.

(em % da população economicamente ativa)

Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.

Em termos de valores pagos às pessoas ocupadas, os dados apontam que os rendimentos continuam crescendo acima da inflação no mercado:

  • aumento de 4,5% na comparação com agosto/12, em Porto Alegre: R$ 1.853 contra R$ 1.773;
  • em relação à média em 12 meses, o crescimento real foi de 0,36% em relação a julho/13.

Considerações da Assessoria Econômica

Conforme temos destacado nas últimas notas, a taxa de desemprego estabilizou-se abaixo de 4% em Porto Alegre, e abaixo de 6% para o resto do país.

Entretanto, o ritmo de geração de empregos desacelerou na economia brasileira como um todo.

Ou seja, o mercado de trabalho continua preenchendo postos de trabalho, mas em velocidade menor.

O que provocou essa desaceleração? Acreditamos que esse movimento não se concentra tanto no lado da demanda por trabalhadores pelas empresas, mas sim da oferta de pessoas disponíveis para trabalhar – e com a qualificação desejada.

Observando os gráficos abaixo, verificamos:

  • a quantidade de pessoas contratadas (barras verdes) está muito próxima da quantidade de pessoas que entraram no mercado de trabalho (barras escuras);
  • ou seja, as pessoas que são incorporadas ao mercado de trabalho rapidamente encontram um emprego.

Para o Varejo e os Serviços, entretanto, há uma dificuldade maior na contratação que em outros setores:

  • são muito mais intensivos em mão-de-obra que a Indústria e a Agropecuária;
  • com o mercado de trabalho aquecido é mais difícil encontrar pessoas qualificadas, restando contratar aquelas com menor produtividade;
  • só que como o salário de contratação é o mesmo, os custos crescem mais rapidamente que a produção, o que afeta a lucratividade das empresas.

Com o cenário acima alinhado com baixo investimento em infraestrutura e educação, e com uma taxa de crescimento da população cada vez menor, o crescimento mais forte da economia fica limitado e, como consequência, pressiona ainda mais a inflação.(var. em milhares de pessoas)

Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.

Assessoria Econômica
Gabriel P. Torres – Economista
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Data

29 outubro 2013

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