“Precisamos executar as reformas, especialmente a da Previdência, enquanto o cenário global ainda é favorável a isso”, diz Aod Cunha

“Precisamos executar as reformas, especialmente a da Previdência, enquanto o cenário global ainda é favorável a isso”, diz Aod Cunha

06

DEZEMBRO, 2018

Notícias

Economista afirmou que o Brasil só terá um crescimento econômico sustentável nos próximos anos se for aprovada, ainda no primeiro semestre de 2019, uma (boa) reforma da Previdência

 

“Cenários macroeconômicos e perspectivas para 2019” foi o tema da palestra do economista Aod Cunha, o primeiro a falar no palco do Teatro do CIEE. Em uma exposição clara e didática, o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul no governo Yeda Crusius (2007-2011) explicou o contexto econômico mundial no qual a economia brasileira vai se desenrolar durante o próximo ano.

“O mundo está no mais longo ciclo de crescimento e valorização de ativos dos últimos 100 anos”, afirmou, destacando que, em nível mundial, ocorrem alguns ajustes, com alta de juros, mas, no Brasil, a expectativa é positiva e gira em torno das reformas que, enfim, deverão ser feitas. “Em termos de mercado financeiro, se diz que, do ponto de vista global, os preços estão esticados, mas, do ponto de vista do Brasil, ainda existe bastante liquidez para investimentos no País – desde que nós façamos a nossa parte, com as reformas”, argumentou.

PRINCIPAIS PONTOS DA PALESTRA

▪ Existe um longo ciclo de crescimento econômico mundial do qual o Brasil ainda pode participar – desde que faça logo as reformas necessárias, como, por exemplo, a reforma da Previdência;

▪ O sucesso do governo Jair Bolsonaro, do ponto de vista econômico, depende diretamente da aprovação de uma boa reforma da Previdência ainda no primeiro semestre de 2019;

▪ Há um clima de otimismo provocado pelo “benefício da dúvida” em relação ao novo governo;

▪ O governo federal será pressionado pela crise dos Estados, que devem ser chamados a contribuir na discussão sobre a reforma da Previdência – já que serão diretamente afetados;

▪ A crise dos Estados, em especial a do Rio Grande do Sul, não é resultado, apenas, da má gestão fiscal por parte do governo. Foi provocada, também, pelo rápido envelhecimento da população;

▪ A resolução da crise dos Estados passa por uma reformulação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que foi negligenciada nos últimos anos – nesse sentido, poderia haver a concessão de um alívio transitório em relação às unidades da Federação que se comprometessem em ajustar as suas contas;

▪ Para solucionar a crise, também será preciso pensar na retenção dos jovens talentos no Estado;

▪ Não será nada fácil, e o País será chamado à responsabilidade. Mas é o futuro de todos nós que está em jogo e estamos mais preparados do que estávamos cinco anos atrás por exemplo.

 

Data

06 dezembro 2018

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