O que muda com a chegada da Web 4.0

Transformações digitais estão em constante evolução e trazem desafios para as empresas

A tecnologia avança, assim como nosso modo de conviver e consumir. O que está chegando de novidade com a web 4.0 e o que evolui para uma versão ainda mais inovadora? Como as empresas de varejo e fintechs podem se adequar a esses modelos? E quem ainda não está no web 3.0, o que deve fazer?

O gestor de marketing e inovação da CDL POA, Rafael Guerra, destaca que no início da web a navegação funcionava com “mão única”, ou seja, tínhamos sites estáticos nos quais, posteriormente, era possível fazer algum tipo de interação, baixar um arquivo ou contribuir de alguma forma. Depois entramos na fase da colaboração com estímulo de troca na web 3.0, observando uma interação em diferentes meios.

Nesta etapa verificamos uma popularização maior da web a partir da necessidade e do entendimento de se usar as ferramentas no dia a dia, como uma consolidação. “Atualmente, no contexto da web 4.0, conseguimos observar movimentos que pareciam distantes como o 5G, por exemplo, que vai mudar totalmente a forma de conexão em termos de velocidade e inteligência artificial, vamos cada vez mais ouvir falar em algoritmos que ajudem a acelerar processos e de novo velocidade para esse processo”, explica.

Reflexos das web 4.0: varejo e fintechs

Guerra ressalta que não adianta olhar para o futuro, como o metaverso e a realidade paralela, enquanto os problemas do dia a dia das empresas não são resolvidos. “Atendimento, meios de pagamento, gestão de estoque, treinamento de equipe, comunicação correta e adequada, presença digital, comunicação para atrair o consumidor de forma consistente e relevante são alguns fatores que precisam ser olhados antes de chegar num extremo da web 4.0”, pontua. 

Quem ainda não se atualizou com o 3.0, quais os principais pontos para focar?

→ Olhar para o negócio em todos os aspectos e questionar: o que eu posso melhorar?

→ Já estou presente no mundo digital para que meu produto ou serviço fique disponível para os clientes? Sejam sites, mídias sociais, canais próprios ou terceiros;

→ Velocidade de dados, estabilidade de dados – resolver problemas de conexão;

→ Aprimorar a identidade visual e as formas de comunicação da empresa;

→ Gestão de estoque – uma gestão preditiva otimiza o estoque, é preciso ter uma linha de entendimento e projeção de venda bem definidas;

→ Inteligência artificial – realizar cruzamento de dados da base de clientes para ter as informações mais adequadas;

No varejo, Guerra destaca que é essencial “fazer bem feito o que já poderia estar sendo feito há mais tempo”. “É o momento de zerar todas as pendências e problemas gerados até então, para a partir daqui olhar para a frente”, pontua. 

Guerra enfatiza que existe uma jornada fundamental no meio do caminho que precisa ser pesquisada e detalhada a ponto de ajudar nos negócios. Com relação às fintechs – startups com viés financeiro em diferentes abordagens – que já nascem dentro desse ambiente – ele pontua que a essência desses modelos de negócio é a conexão com as tecnologias. “As fintechs, de alguma forma, fazem parte de todo esse movimento que vem acontecendo em relação à transformação digital e do mundo dos negócios”, afirma. 

Enquanto o varejo se prepara para receber os reflexos da web 4.0 e cresce o número de fintechs, as soluções vão sendo adaptadas nos diferentes segmentos, principalmente de acordo com o comportamento de consumo e a experiência dos clientes.

Data

17 junho 2022

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