Nesta segunda-feira (07), o Banco Central anunciou a nova moeda digital do Brasil, o Drex. Esta versão eletrônica do real permitirá a expansão dos negócios e da política monetária, facilitando as transações financeiras.
E por que criar uma moeda digital? O uso do dinheiro físico vem caindo a cada ano, com a digitalização dos bancos, a modernização dos processos e a expansão das carteiras digitais. É esperado que, em um futuro ainda distante, não sejam mais utilizadas as notas físicas.
O que significa Drex?
A palavra é a combinação de letras: ‘D’ e ‘R’ fazem alusão ao Real Digital, ‘E’ vem de eletrônico e ‘X’ remete à ideia de conexão. Em linhas gerais, o Drex será uma moeda virtual de categoria CBDC (Central Bank Digital Currencies), ou seja, uma moeda digital do Banco Central, em tradução livre. Este sistema de CBDCs vem sendo utilizado por mais de 90 países, além do Brasil.
Qual a diferença entre o Real e o Drex?
O valor entre as duas moedas será o mesmo. 1 Drex = 1 Real. Esta definição, além de facilitar o processo, ajuda a impedir problemas de cotação do Real perante a outras moedas.
Porém, o Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, como a moeda tradicional. Seu uso será restrito para as carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. Assim, quem deseja utilizar o Drex terá que depositar o valor em suas carteiras correspondente em Reais para realizar transações com a moeda digital.
Outro ponto debatido é que para utilizar o Drex nas carteiras digitais haverá custo para os usuários. Ainda não há nada delimitado, mas o Banco Central deixou claro que o Drex estará associado a serviços financeiros e prestadores de serviços que cobrarão pelos serviços prestados.
O Drex é considerado uma criptomoeda?
Não. O Drex será regulamentado e controlado pelo Banco Central, diferentemente das criptomoedas que não possuem uma gestão centralizada, sendo muito mais ligadas a investimentos. E, ao contrário do Drex (que seguirá sendo emitido conforme o Real convencional), as criptomoedas configuram-se como transações financeiras anônimas, segundo a Receita Federal. Ou seja, enquanto o Drex terá toda segurança do Banco Central, as criptomoedas não possuem garantias ou processos transparentes.
E quando o Drex entrará em circulação?
Neste momento, a moeda digital está em fase de teste. O Banco Central pretende disponibilizar o serviço a partir de março de 2024. A proposta é que os consumidores consigam utilizar o Drex para realizar qualquer atividade financeira, desde que digital, como empréstimos, seguros, investimentos, compra de veículos, títulos, entre outros.
Se quiser compreender um pouco mais sobre o Drex, confira a matéria realizada pela Band TV com participação do economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank.