Os dados do IBGE e do Ministério do Trabalho sobre o Mercado de Trabalho em junho mostram um cenário de estabilidade nas variáveis ligadas ao emprego no Rio Grande do Sul:
- Taxa de desemprego (desocupação) manteve-se em 3,9% em Porto Alegre;
- Em relação a junho/12 houve leve queda 0,1 ponto percentual;
- Na média em 12 meses, em relação a maio/13 manteve-se estável em 3,7%;
- Para o Brasil, houve leve aumento: 6% no último mês contra 5,9% em junho do ano passado;
- Na média em 12 meses, a taxa no Brasil também manteve-se estável: 5,4%.
(em % da população economicamente ativa)
Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.
Em termos de valores pagos às pessoas ocupadas, os dados são de maio/13 e mostram crescimento real tanto na média quanto na comparação mensal:
- Aumento de 7,9% na comparação com maio/12, em Porto Alegre: R$ 1.863 contra R$ 1.727 em maio/12;
- Em relação à média em 12 meses, o crescimento real foi de 0,6%;
- No setor privado o crescimento dos rendimentos foi menor: 7,3% em relação a maio/12.
Quando observados o número de empregos formais, conforme o Ministério do Trabalho, os dados apontam:
- 1,4 milhão de empregos formais em Porto Alegre: aumento de 2,38% em relação a junho/12;
- 3 milhões de empregos formais no RS: aumento de 3,1% em relação a junho/12;
- No Varejo Ampliado, em Porto Alegre junho fechou em 193,6 mil empregos, crescimento de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior;
- No Varejo Ampliado gaúcho como um todo foram 494,7 mil empregos, crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2012.
Considerações da Assessoria Econômica
Conforme temos destacado nas últimas notas, a taxa de desemprego parece ter se estabilizado próxima ao nível de 4% em Porto Alegre, e pouco abaixo de 6% para o resto do país.
Acreditamos que contribuíram para esse comportamento:
- a absorção no setor de Serviços das pessoas desocupadas na Indústria com a atividade econômica mais desaquecida no ano passado;
- isso foi possível pois esse setor se manteve aquecido, já que depende do crescimento da renda real e do crédito, ao contrário da Indústria;
Entretanto, o ritmo de geração de empregos tem desacelerado na economia brasileira como um todo. Parte desse movimento é em função do limite de pessoas que existem para trabalhar, mas parte também pela atividade econômica mais fraca que a esperada.
Por fim, chamamos atenção que a manutenção do mercado de trabalho aquecido pressiona os salários para cima, uma vez que a competição por mão-de-obra qualificada se torna mais acirrada.
Isso significa que, primeiramente os custos das empresas serão afetados, mas parte desse aumento pode ser repassada ao consumidor, a depender dos efeitos da taxa de juros sobre a atividade.(em var. % sobre igual mês ano anterior)
Fonte: CAGED/MTE. Elaboração: AE/CDL POA.