Os preços medidos pelo índice oficial de inflação do Brasil, IPCA, voltaram a crescer mais rapidamente em outubro. Com o aumento de 0,37%, a inflação acumulada em 12 meses fechou em 5,84%
Apesar de mais acelerado, o resultado está abaixo do esperado pelo mercado, que projetava 0,60%.
Em Porto Alegre a variação foi levemente menor: 0,55% no mês, mas com acumulado em 12 meses em 5,51%.
Dentre os grupos de maior variação encontramos:
- Brasil: Vestuário (+1,13%), Alimentos e bebidas (+1,03) e Artigos de residência (+0,81%);
- Porto Alegre: Alimentação e bebidas (+1,09%), Habitação (+0,92%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,37%);
Já entre os de menor variação estão:
- Brasil: Comunicação (+0,08%), Educação (+0,09%) e Transportes (+0,17%);
- Porto Alegre: Educação (-0,22%), Artigos de residência (+0,15%) e Transportes (+0,19%).
Fonte: IBGE; Banco Central do Brasil. Elaboração: AE/CDL POA.
(em var% acumulada em 12 meses)
Fonte: IBGE; Banco Central do Brasil. Elaboração: AE/CDL POA.
Considerações da Assessoria Econômica
Em primeiro lugar, destacamos que:
- apesar de inflação maior que em setembro (0,57% contra 0,35%) setembro apresentou inflação menor que no ano passado: 0,57% contra 0,60% em 2012;
- o grupo Alimentos e bebidas foi influenciado pelos reajustes tanto em alimentos para compra quanto em alimentação fora do domicílio;
- Refeições fora do domicílio contribuíram com 0,05% dos 0,60% de aumento no Brasil, e 0,04% em Porto Alegre;
- já as pressões em alimentos foram bastante dispersas, destacando-se Tomate, Carne bovina, Frangos e Pães;
- em Vestuário não houve produtos de destaque que puxaram o índice, tendo ocorrido um aumento generalizado nos preços, o que acreditamos estar relacionado ainda à mudança nas coleções.
Em segundo lugar, temos que;
- a inflação cedeu levemente após meses muito próxima de 6,5%, mas ainda está longe da meta de 4,5%.
- com o resultado mais forte de outubro, as projeções para o fim do ano subiram de 5,78% para 5,82% no acumulado em 12 meses.
Como resultado, acreditamos que o cenário de inflação menor não se confirmará, mantendo o aumento de preços ainda muito próximo de 6%. Além disso, há que se considerar as pressões para aumento no preço da gasolina o que, a depender do prazo em que ocorram, forçará ainda mais o índice para cima.
Para os próximos meses o mercado espera variação dos preços entre 0,67% e 0,7%, sem considerar os reajustes nos combustíveis. Nesse cenário, a inflação fechará 2013 em 5,82%.