Inflação fecha 2013 em 5,91%

Aumento de preços ficou acima do centro da meta pelo 4º ano consecutivo.

Os preços medidos pelo índice oficial de inflação do Brasil, IPCA, cresceram 0,92% em dezembro. Com o resultado, em 12 meses a inflação voltou a subir e finalizou o ano em 5,91%.

O resultado foi acima das expectativas do mercado, que apontavam variação de 0,77% para o último mês do ano.

Em Porto Alegre a variação foi significativamente menor: 0,67% no mês, com acumulado em 12 meses finalizando em 5,77%.

Dentre os grupos de maior aumentoencontramos:

Brasil: Transportes (+1,85%), Alimentação e bebidas (+0,89%), e Artigos de residência (+0,89%);

Porto Alegre: Transportes (+1,38%), Alimentação e bebidas (+0,96%), e Comunicação (+0,78%);

Já entre os de menor aumentoestão:

Brasil: Educação (+0,05%), Saúde e cuidados pessoais (+0,41%), Habitação (+0,52%);

Porto Alegre: Artigos de residência (-0,64%), Educação (+0,04%) e Vestuário (+0,06%).(em var. %)

Fonte:Relatório FOCUS/Banco Central do Brasil.  Elaboração: NI/CDL POA.

(em var. %)

Fonte:Relatório FOCUS/Banco Central do Brasil.  Elaboração: NI/CDL POA.

Considerações da Assessoria Econômica

Em primeiro lugar, destacamos que:

  • desde 2002 (+2,1%) o mês de dezembro não apresentava inflação tão alta;
  • apesar da meta de inflação ser definida com 2 anos de antecedência, pelo 4º ano consecutivo ela se mantém acima dos 4,5% determinados;
  • a Gasolina, com aumento de 4,04% – refletindo uma contribuição de 0,15% para o indice mensal, influenciou bastante o resultado do mês;
  • além disso, os Alimentos mantiveram-se pressionados por ser um período entressafra, e subiram acumularam aumento de 8,48%.

Em segundo lugar, nossa análise indica que;

  • os preços de Alimentos devem continuar pressionados e, portanto, manterem-se uma fonte de redução de poder de compra aos consumidores pelo seu peso no consumo das famílias (mais de 24%);
  • a possibilidade de reajustes nos preços dos transportes urbanos abre uma perspectiva de aceleração da inflação no primeiro semestre;
  • além disso, em função do calendário eleitoral o governo deve continuar a expansão dos gastos públicos, o que reforça os efeitos anteriores;

Assim, para janeiro e fevereiro o mercado espera variação dos preços em 0,74% e 0,64%, respectivamente. Com isso, a previsão para o acumulado ao final de 2014 é uma inflação maior que 2013, possivelmente em 6,26%.

Assessoria Econômica
Gabriel P. Torres – Economista

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Data

14 janeiro 2014

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