Emprego com carteira avança pelo sétimo mês seguido no RS

O Rio Grande do Sul registrou mais contratações do que demissões no mercado formal pelo sétimo mês consecutivo. Em julho, abriu 14,75 mil vagas de emprego com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência ontem.

O número é o resultado entre 106.501 admissões e 91.751 demissões no mês. O desempenho é ligeiramente melhor do que o registrado em junho, quando o Estado teve saldo positivo de 11.229 postos, segundo dados ajustados. Já em julho do ano passado, em meio às tentativas de retomada após efeitos mais graves do avanço da pandemia de coronavírus no país, o Estado abriu 1.291 vagas.

No acumulado do ano, o RS registra a geração de 107.563 vagas de emprego formal. Já no período de 12 meses, entre agosto do ano passado e julho de 2021, o saldo positivo está em 183.264. Considerando-se os dados por setores, serviços lidera pelo terceiro mês seguido: o segmento abriu 5.782 postos em julho. Na sequência, figuram indústria e comércio. Todos os cinco setores pesquisados no levantamento ficaram no azul no mês passado no Estado.

Destaques

O economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, afirma que o segmento de alojamento e alimentação é um dos destaques dentro do setor de serviços em julho. Frank avalia que, mesmo com estoque abaixo do período pré-pandemia, essa atividade demonstra avanço após períodos com desempenho mais tímido. Em julho, o grupo alojamento e alimentação criou 1.580 vagas no Estado. O economista atribui o resultado positivo ao aumento na circulação que ocorre na esteira da vacinação e das flexibilizações na abertura de atividades:

– Estamos vendo, não somente aqui no Rio Grande do Sul, mas também em diversas outras localidades do Brasil, flexibilização das medidas de distanciamento social. E isso é permitido obviamente porque melhoramos o quadro sanitário. Em função dessa melhora, temos menos restrições e outra perspectiva para os serviços. Sobretudo esses que foram mais impactados, que dependem mais de interação humana.

Dentro da indústria, Frank cita o bom desempenho do segmento de fabricação de máquinas e equipamentos, que segue aquecido, principalmente no rol de itens para a agropecuária. No comércio, o economista destaca a área de materiais de construção. Segundo o especialista, o maior tempo em casa ajuda a explicar a busca por esse rol de produtos.

Nacional

O desempenho do Estado segue na esteira do movimento observado no país. Em julho, o Brasil abriu 316.580 vagas de emprego formal – foram 1.656.182 contratações e 1.339.602 demissões no período. Serviços, comércio e indústria lideram entre os setores no âmbito nacional, segundo o levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência.

Chefe da pasta, Onyx Lorenzoni afirmou que os números do levantamento refletem o efeito de programas, como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) e o auxílio emergencial. O ministro também citou a importância da vacinação e dos programas de crédito do governo federal nesse processo.

Seguindo com o tom otimista, Onyx projetou números positivos na geração de emprego até o final do ano em breve comunicado na entrevista de apresentação dos dados:

– Fica aqui a nossa expectativa, nossa esperança de que, até dezembro, possamos estar aqui para comemorar mais de 2,5 milhões de postos de trabalho gerados no nosso país.

Fonte: Jornal Zero Hora – Edição impressa em 27 de agosto de 2021.

Data

30 agosto 2021

Compartilhe