Taxa de dezembro na Grande Porto Alegre foi ainda menor pelos efeitos sazonais: 2,6%.
Os dados sobre o Mercado de Trabalho em dezembro confirmaram o cenário de estabilidade nas variáveis do emprego tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil:
- Taxa de desemprego manteve-se em 2,6% em dezembro para Grande Porto Alegre;
- Em relação a dezembro/12 houve queda 0,4 ponto percentual;
- Na média em 12 meses, manteve-se relativamente estável em3,5%;
- Para o Brasil, também houve queda: 4,3%, redução de 0,3 p.p. em relação a dezembro/12;
- Na média em 12 meses, a taxa manteve-se estável em 5,4%.
(em % da população economicamente ativa)
Fontes: IBGE. Elaboração: NI/CDL Porto Alegre
Em termos de valores pagos, os dados são de novembro/13 e apontam que os rendimentos continuam crescendo acima da inflação no mercado:
- aumento de 1% na comparação com outubro/13, em Porto Alegre: R$ 1.947 contra R$ 1.928 – na média móvel em 12 meses;
- aumento de 0,1% na comparação com outubro/13, no Brasil: R$ 1.976 contra R$ 1.975 – na média móvel em 12 meses.
Considerações da Assessoria Econômica
Conforme destacamos nas últimas notas, a taxa de desemprego estabilizou-se abaixo de 4% em Porto Alegre, e abaixo de 6% para o resto do país.
As quedas de dezembro e novembro, foram causadas por uma redução maior das pessoas disponíveis a trabalhar do que das pessoas empregadas. Em valores absolutos, houve queda no número de pessoas empregadas.
Essa análise é corroborada pelo efeito sobre a média em 12 meses, que praticamente se manteve estável tanto no Brasil (5,4%) como em Porto Alegre (3,5%). A média de horas trabalhadas em 12 meses também têm se mostrado relativamente estável.
Lembramos que o Mercado de Trabalho no Brasil é bastante engessado, o que faz com que no curto prazo as empresas prefiram ajustar os gastos com pessoal primeiramente através das horas de trabalho, e posteriormente no tamanho do quadro.
Já algum tempo entendemos que o gargalo no mercado de trabalho está mais na oferta de pessoas disponíveis para trabalhar – e com a qualificação desejada.
Entretanto, o aumento frequente dos salários começa a afetar também a demanda das empresas por trabalhadores. Esses aumentos representam custos maiores pois produtividade não cresce no mesmo ritmo. Nesse cenário, as empresas buscam formas de substituir a necessidade de pessoal por processos mais automatizados, menos complexos, ou divisão de tarefas para outros funcionários. Isso ajuda a impedir que os custos cresçam mais rapidamente, gerando menos demanda por pessoas.
Esse é um processo que ocorre de forma gradual e, portanto, acreditamos que o mercado de trabalho deve se manter apertado em 2014, similar ao que ocorreu em 2013.