Desemprego estável em fevereiro: 3,9% na RMPA

Conforme os dados da Pesquisa Mensal do Emprego (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil manteve-se relativamente estável em fevereiro: 5,6% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto. Tanto na comparação com o mês anterior (janeiro) quanto com o mesmo mês do ano passado (fevereiro/2012) houve pequena variação: +0,2 p. p. e -0,1 p. p., respectivamente. Considerando o total de 24,3 milhões de pessoas em idade economicamente ativa pesquisadas, esse percentual representa 1,4 milhões de pessoas desocupadas.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) a situação foi similar, com taxa de desemprego em 3,9%, contra  3,5% e 4,1% em janeiro e fevereiro do ano anterior, respectivamente. Em termos absolutos, o percentual de desempregados representa 78 mil pessoas, dentro de um universo de 2 milhões de indivíduos pesquisados.

Em termos de rendimentos reais (ou seja, descontados os efeitos da inflação), a média na RMPA foi de R$ 1.796 para o total das pessoas ocupadas e R$ 1.444 para aqueles empregados no setor privado (informais ou não). Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve crescimento de 7,3% e 3,6%, respectivamente. Já para o total das regiões metropolitanas os rendimentos reais médios foram de R$ 1.850 para o total dos trabalhadores pesquisados, e R$ 1.631 considerando apenas aqueles com vínculos no setor privado – o que representa crescimento real de 2,4% e 1,7% na comparação com o último fevereiro.(em var. % real sobre mesmo mês do ano anterior)

Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.

O cenário apontado pela pesquisa vai em linha com o esperado para o mercado de trabalho, ou seja, estabilidade do nível de emprego na economia brasileira em função da retomada da atividade econômica para 2013. Nessa situação, com mercado de trabalho aquecido é compreensível que os rendimentos reais (salários e outras bonificações) cresçam mais rápido que a inflação. Com muitas pessoas ocupadas em algum emprego as empresas precisam aumentar a remuneração não só para atrair mais funcionários como para manter os atuais. Outro fator que afeta os rendimentos são as regras de reajuste salariais que são impostas pela legislação.

Quando desejamos analisar as taxas de desemprego é importante observar a evolução de cada uma de suas componentes, ou seja, a quantidade de pessoas disponível ao trabalho (população economicamente ativa, PEA) e quantas dessas pessoas se encontram empregadas hoje (população ocupada, PO). Enquanto a segunda crescer a taxas mais elevadas que a primeira haverá redução da taxa de desemprego no mercado de trabalho.

O gráfico a seguir aponta que na RMPA a PO atualmente cresce apenas ligeiramente acima da PEA, ou seja, atualmente a quantidade de pessoas trabalhando cresce mais rapidamente que o total que pode e deseja trabalhar: variação de 1,8% e 1,6%, respectivamente. Esse cenário têm se manifestado já há vários meses, inclusive durante o ano passado quando a produção da economia foi bastante tímida. Isso posto, é razoável esperar que o mercado de trabalho se mantenha aquecido também nos próximos meses considerando as expectativas de aumento de produção da economia brasileira e gaúcha em 2013.(em var. % sobre igual mês do ano anterior)

Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.

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Gabriel P. Torres – Economista
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Data

28 março 2013

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