CDL POA inicia expedição à NRF Retail’s Big Show 2023 com visitas técnicas em lojas de destaque no varejo mundial

A CDL Porto Alegre está em solo americano para a NRF Retail’s Big Show 2023, que inicia neste domingo (15) e se estende até a terça-feira (17). O time da Entidade, composto pelo presidente Irio Piva, os vice-presidentes Octávio Scheibe, José Roberto Resende e Sérgio Galbinski, o superintendente, Maico Renner, o gestor de Marketing e Inovação, Rafael Guerra, e o economista-chefe, Oscar Frank, já iniciou a rodada de visitas técnicas nesta sexta-feira (13). A CDL POA integra a delegação liderada pelo Sebrae/RS, com a presença de varejistas gaúchos e entidades empresariais ligadas ao comércio.

A visita à maior feira de tendências dos setores de varejo e consumo do mundo tem como objetivo a promoção do Pós-NRF 2023, promovido pela CDL POA no dia 25 de janeiro (quarta-feira), às 18h30min, no Teatro Unisinos, em Porto Alegre, com a presença de notáveis especialistas recém-chegados de Nova York. O evento trará para o Brasil em primeira mão todas as novidades, experiências e vivências do varejo mundial para os empresários gaúchos. Garanta já o seu ingresso aqui.

 

Visitas Técnicas

Os especialistas da Entidade reuniram os principais pontos das visitas técnicas desta sexta-feira (13), com exclusividade para o público da CDL POA. Confira:

Solana Spaces

Este espaço foi organizado com a temática Web 3 e tem um contexto muito interessante: tenta transformar toda a lógica de web 3 e de NFTs para algo palpável, dentro da loja física. A lógica deste espaço é tentar quebrar intermediários na conexão com o cliente, para que ele possa interagir com a marca de forma mais imersiva. O foco não é o varejo pelo produto, mas do varejo como serviço. Então, o consumidor entra na loja, que tem uma rede Wi-Fi própria, e pode baixar uma carteira virtual, para tudo que for consumido fisicamente seja convertido em recompensas, em uma série de situações diferentes. Aqui temos muito forte o conceito dos ativos digitais – quanto mais consumidores usarem, mais entenderão o seu valor.

Contexto da loja

A empresa é uma plataforma de blockchain que proporciona aos usuários acesso a criptomoedas. Ela abriu em 2022 sua primeira loja física, a primeira do seu ramo de mercado, com a finalidade de providenciar conteúdo educacional para novos usuários, baseado na sua gama de produtos, incluindo NFTs. Além de aprender, quem a visitar também pode ganhar prêmios por participar de atividades durante a visita e comprar produtos que são do estilo de vida das pessoas que operam com criptomoedas. A decisão da Solana mostra a importância e relevância de espaços físicos para as lojas, uma empresa que nasceu em um mercado completamente digital dá o primeiro espaço para adentrar o mundo dos espaços físicos com suas soluções, trazendo qualidade de serviço e experiências únicas para seus usuários.

Feel House by UGG

A loja está localizada no Brooklyn e possui estilo pop-up store, ou seja, abriu há três meses e fechará nos próximos dias. Vende produtos da marca UGG, focados no conforto do consumidor, e faz customizações. O espaço é amplo, como um grande galpão com pé-direito superalto, e sem grandes obras de infraestrutura. É um espaço simples que tem como destaque a exposição dos produtos. O mobiliário é móvel, o que permite diferentes configurações – tudo para dar a sensação de sempre haver uma loja nova para o consumidor. Outro ponto interessante são os espaços de descompressão, com sofás, pufs, luzes aconchegantes e uma área antiestresse. Ou seja, uma proposta diferente, com uma forma de exposição de produtos também diferente. É uma outra lógica de aproveitamento do espaço físico, em um movimento contrário àquelas operações com ambiente mais enxuto. Tudo isso, com o objetivo de fisgar o cliente e mantê-lo dentro da loja, para que ele descanse, relaxe, veja os produtos e se sinta à vontade ao consumir.

Saiba mais sobre a UGG

A loja de calçados, famosa por suas botas apeluciadas, abriu esta loja pop-up no Brooklyn para proporcionar uma nova experiência ao usuário, chamada Feel House. A marca, conhecida pelo conforto sensorial e físico de seus sapatos, traz para o estabelecimento espaços que reflitam esses dois pontos da marca, com a intenção que seus clientes encontrem calma, conforto e um lugar para resetar as energias. Além da iniciativa focar na experiência do usuário, ela também reforça o branding da marca, trazendo os pilares da marca para a vida real dos seus consumidores, criando um vínculo com as pessoas.

 

Google Store – Williamsburg

Esta é a segunda loja do Google aberta nos Estados Unidos. É focada no consumidor local, na comunidade do Brooklyn. A ideia é levar o universo Google para perto das pessoas. O carro-chefe é o Smartphone Android, chamado Google Pixel. Ainda, outros vários dispositivos têm sido lançados na loja, como relógios, fones, câmeras, caixas de som e assistentes virtuais. Ganha destaque o espaço com produtos para casa. Desde segurança (câmeras), passando por telas e entretenimento. A loja se destaca pela forma que expõe seus produtos, propiciando que as pessoas toquem, mexam, testem os produtos. Espaço grande, amplo e iluminado, todos os produtos com muito destaque, prateleiras de madeira iluminadas, produtos bem expostos, é legal de ver a forma como organizaram a exposição dos produtos na loja. Outro ponto importante para a marca é a sustentabilidade, que mostra aos clientes em loja como se faz a reciclagem dos celulares. Neste espaço, fica clara a jornada do consumidor Google: a marca é digital e a loja surge como um ponto de conexão. Ainda, o help desk (assistência para compras online) fica bem em frente à loja.

A loja do Google tem uma história bem interessante: a primeira aberta foi em Manhattan e tinha o objetivo de ser um ponto físico de conexão dos consumidores com a marca e seus produtos. A partir disso, abriram esta segunda loja, em busca dessa experiência. Com esta loja, estão mais focados em produtos que promovem segurança, além de o conforto das pessoas em suas casas –  uma demanda dos consumidores tanto do Brooklyn, quanto de Nova York. Em suma, esta é uma loja que as pessoas vêm para olhar os telefones, e os demais produtos mais conhecidos, mas acabam tendo contato com uma gama muito maior de oportunidades.

Neste espaço também existe um olhar atento ao desempenho dos funcionários. Promovem cursos periódicos para os funcionários atualizarem seus conhecimentos sobre os produtos. A compra é considerada uma segunda etapa do processo, a fase inicial está no papel dos vendedores, que mostram os produtos que a Google tem e que a marca vai muito além do que as pessoas já conhecem, favorecendo a compra tanto física quanto digital.

Mais sobre a Google Store

A Google abriu mais uma loja física, para proporcionar aos usuários uma experiência única com a empresa, tirar dúvidas de seus serviços e produtos e criar laços com as comunidades locais. O estabelecimento é o primeiro de uma rede chamada neighborhood stores (loja da vizinhança), que promete refletir e celebrar o espírito dos habitantes do local, trazendo instalações de artistas da região, um espaço para eventos e caminhadas guiadas. Essa ação mostra a importância de conhecer e se relacionar a outros níveis com seus usuários, mostrando como seus serviços podem fazer parte das suas vidas.

Showfields

Também localizada no Brooklyn, é um novo tipo de magazine focada no perfil do consumidor, e não na idade. Não possui foco apenas no público alternativo, mas em marcas com produtos de alta qualidade. Esta é a 4ª loja da Showfields nos EUA. Possui 1200m², com mais de 100 marcas ao mesmo tempo. O modelo de negócio é diferente do tradicional, organizado a partir da compra de produtos do distribuidor, pelo varejista, para vender ao consumidor. O modelo da Showfields faz a curadoria de produtos escolhidos e, então, as marcas pagam para ter seus itens na loja. Curadoria de produtos é feita de acordo com o que é inovador e diferenciado para o consumidor. Veem o varejo como plataforma que conecta as marcas, e os produtos, com o consumidor. Cada campanha tem um tema diferente e, a partir do tema definido pela curadoria, as marcas apresentam produtos.

Mais sobre a marca

A Showfields, que se intitula como “a loja mais interessante do mundo”, abriu no Brooklyn uma loja que recebeu o nome de Casa Showfields, sendo um local que reúne diversas marcas do varejo, que expõem seus produtos em cômodos únicos da casa – que são os verdadeiros chamariz de público. Cada espaço possui um designer e estética diferente, que prometem contemplar todos os estilos. Além disso, o ambiente também oferece uma experiência mais profunda com cada marca, onde os clientes podem aprender mais sobre os propósitos de cada loja. É uma celebração para a diversidade, oferecendo um local onde as pessoas podem navegar por diversos estilos – além de desfrutar da experiência sensorial do local – e celebrando as diferentes marcas do mercado. A diversidade já foi um ponto muito comentado na NRF de 2022.

Glossier

É uma loja que não nasceu física, foi criada a partir do trabalho, do papel da fundadora, que era uma blogueira que fazia muita produção de conteúdo ligado à maquiagem e à beleza. Foi depois do blog que surgiu a loja, que já teve outro ponto em Manhattan e agora está em Williamsburg, no Brooklyn. A marca tem uma essência muito interessante de cor e cuidado visual, além de uma dinâmica de atendimento onde o cliente faz o pedido, que é computado por um sistema próprio da loja, o estoquista já separa o produto e, então, inicia uma dinâmica especial para o pedido vir por um pequeno elevador já pronto, para ser entregue ao consumidor na loja. Então, a Glossier é um exemplo importante de um negócio que não começou na loja física, mas, sim com produção de conteúdo, e isso acabou levando a marca para uma loja física que está fazendo muito sucesso, sempre com fila de clientes em espera para acessar o local.

Mais sobre a marca

A criação das lojas físicas da marca tem a finalidade de entregar os produtos diretamente para os consumidores, sem dependência de lojas físicas terceirizadas. A loja de cosméticos passou por dificuldades durante a pandemia, e agora recomeça seu processo de abrir lojas próprias em diversas cidades do EUA. Durante os últimos anos, expôs seus produtos em lojas como a Sephora, que proporciona o acesso a diversas marcas de cosméticos. Apesar de ser uma boa forma de vender produtos, a terceirização não proporciona pontos de contato e experiências únicas para os consumidores. E é isso que a marca quer mudar ao abrir suas lojas, que irão refletir a estética local de cada região junto ao designer da marca.

 

Fotos: Patrícia Comunello e Divulgação CDL POA

Assine a nossa Newsletter!

Fique por dentro das principais novidades do varejo, economia,
projetos de inovação e tendências do Rio Grande do Sul!

    Você é associado à CDL POA?*



    Data

    13 janeiro 2023

    Compartilhe