Avanço da pandemia eleva incerteza nas vendas de Natal


Avanço da pandemia eleva incerteza nas vendas de Natal

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NOVEMBRO, 2020

Notícias

As incertezas relacionadas à pandemia desafiam as projeções do comércio para as vendas de Natal no Rio Grande do Sul. Faltando 15 dias para a data, parte dos líderes empresariais que representam o setor prevê queda nos negócios em relação a igual período de 2019. Já outra parcela não descarta a possibilidade de o varejo alcançar resultado positivo, mesmo com a crise do coronavírus.

O nível de incertezas cresceu nas últimas semanas com o aumento no número de casos de covid-19, o que eleva o temor de novas restrições a atividades econômicas. Devido à pandemia, o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski, reconhece que ficou mais difícil projetar o Natal deste ano. Ele avalia que as vendas podem cair de 20% a 30%. A estimativa está ancorada em efeitos da crise como a alta no desemprego e a redução salarial de trabalhadores.

– Natal é sempre Natal. As pessoas vão dar presentes, mas, provavelmente, com um tíquete menor neste ano – diz.

Presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn também entende que os negócios devem ficar abaixo do patamar de 2019. Contudo, o dirigente avalia que a data “não será ruim”, já que parte do varejo vem registrando sinais de retomada:

– Não vamos ter um Natal como o do ano passado, mas não haverá um buraco tão grande nas vendas.

Capital

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse demonstra preocupação para a data na Capital.

 – O ano tem sido ruim para setores do varejo, não para todos. Lojas de confecções e calçados, por exemplo, ficaram meses fechadas. Durante a pandemia, trabalhadores tiveram redução salarial, e o valor disponível no mercado para o Natal é menor.

O presidente da CDL Porto Alegre, Irio Piva também destaca que há diferentes realidades dentro do setor. O comércio de materiais de construção, por exemplo, foi estimulado durante o período de isolamento social, lembra o dirigente. Diante das incertezas do coronavírus, Piva evita projetar como serão as vendas de Natal, em termos percentuais, mas relata ter expectativa positiva.

– Muitas pessoas não estão viajando. Então, esse recurso talvez possa ser usado na compra de presentes de Natal. Mesmo com o ano difícil, a expectativa para a data é positiva – conta Piva. – Projetar números está bem difícil em razão das diferenças que estão ocorrendo entre os setores – acrescenta.

Fonte: Jornal Zero Hora – Edição impressa

 

Data

10 dezembro 2020

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