Bloco Empresarial Gaúcho publicou um manifesto defendendo maior tributação e restrição à publicidade de bets: as apostas esportivas online. O documento é assinado por Federasul, junto com o Cremers, a AGV, o Setcergs, o Sescon, a Agas, a CDL Porto Alegre, a Federação Varejista, o Sindilojas POA e mais 131 entidades do Rio Grande do Sul. O texto faz uma alerta sobre a gravidade do vício em jogos eletrônicos e suas consequências sendo considerado uma pandemia conforme diagnóstico do Cremers.
O que iniciou com uma preocupação sobre a educação financeira das famílias evoluiu para um cenários de uso do dinheiro da alimentação para os jogos e busca por empréstimos para sustentar o vício. Com a evolução do quadro, as entidades do Paraná e Santa Catarina se uniram aos gaúchos na defesa da tributação e impedimento à publicidade.
Confira a nota na íntegra:
PELA RESTRIÇÃO SEVERA À PUBLICIDADE DAS BETS
BET VICIA! E o vício em jogo está destruindo famílias
Milhões de famílias estão sendo destruídas, com pais e filhos perdidos no vício em jogos eletrônicos, numa compulsão incontrolável por jogar corrompendo virtudes, provocando endividamento e inadimplência, comprometendo a renda que garantia a alimentação, os estudos, até provocar a perda dos bens que acumularam ao longo da vida.
O CREMERS vem alertando para danos gravíssimos à saúde pública, já em escala de epidemia, com reflexos na saúde mental, na violência doméstica, em casos de suicídios de jogadores que não percebiam saídas para as dívidas de jogos. Entidades empresariais denunciam desfalques de funcionários corrompidos pela compulsão, perdendo a dignidade no crime para pagar o vício no jogo, alertam para o futuro e a renda que o Brasil perde para outros países.
Uma doença tão grave para a saúde da Nação brasileira vem sendo impulsionada por publicidade em redes sociais e nos meios de comunicação, com anúncios sufocando o debate na opinião pública, numa distorção dos remédios que a democracia dispõe em busca da cura.
É urgente que a classe política enfrente a situação, pelo menos com as mesmas restrições à publicidade impostas aos vícios lícitos, com tributação sobre as BETS na proporção dos prejuízos à saúde pública e economia brasileiras.
