Economia do Estado cresce menos que a média nacional - CDL POA

Economia do Estado cresce menos que a média nacional

Rio Grande do Sul teve o terceiro pior desempenho do País em 2023

A economia do Rio Grande do Sul apresentou em 2023 um desempenho pior do que o do Brasil. O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul, calculado pelo Banco Central, cresceu 2,1% em 2023, enquanto o do País registrou alta de 2,4%. Em 2022, o percentual foi de 1,2% contra um avanço nacional de 2,8%. O economistachefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, destaca que o Estado registrou o terceiro menor crescimento econômico do Brasil, superando apenas Ceará (+ 1,2%) e São Paulo (+ 1,4%). O Paraná, por sua vez, teve o maior crescimento do País (+7,8%). “Além da estiagem, tivemos nos meses de setembro a dezembro de 2023 um excesso de chuva nunca visto antes”, justificou Frank.

Segundo o economista-chefe da CDL POA, o Rio Grande do Sul já vinha de uma base baixa herdada em 2022. “No ano passado, no comparativo com 2021, o Estado caiu 1,2%. Isso decorreu da estiagem que acabou por prejudicar a safra de grãos de verão. Esse foi o pior resultado entre todos os estados investigados”, comenta.

O Rio Grande do Sul, na visão de Frank, deveria ter crescido muito mais em 2023 em relação a outros estados. “Temos uma dependência muito grande da agropecuária e do agronegócio e quando temos uma quebra de safra isso mexe com a estrutura econômica do Rio Grande do Sul”, destaca. Frank afirma que o Estado ficará praticamente no zero a zero em relação à safra de 2023 na comparação com a safra de 2022, que tinha sido muito ruim. “São dois anos (2021 e 2202) de uma situação muito delicada em função da estiagem que atingiu o Estado. Os produtores dependem muitas vezes do crédito e a capacidade deles foi prejudicada. O resultado negativo do Rio Grande do Sul passa muito pelos fatores climáticos”, acrescenta.

Conforme Frank, uma nova estiagem em 2023 prejudicou novamente a safra de grãos de verão e acabou impedindo que o Rio Grande do Sul tivesse um resultado melhor com relação ao crescimento da economia. “Essa contextualização passa por isso e diz muito respeito ao campo. O Rio Grande do Sul depende muito do agronegócio e dos setores derivados como a indústria e os serviços”, reforça.

Segundo o economista da CDL POA, o segundo semestre de 2023, principalmente entre os meses de setembro a dezembro, não foram bons para a economia do Rio Grande do Sul. Ele destaca as chuvas fortes de setembro, que atingiram o Vale do Taquari e causaram destruição na região. Também menciona o mês de novembro que teve o maior nível de chuvas para Porto Alegre em mais de 100 anos. “Tudo isso são fatores que jogaram contra a economia do Rio Grande do Sul no ano passado”, comenta.

Além da agricultura, segundo Frank, existem outros fatores que ajudam a explicar o cenário negativo de 2023 no Rio Grande do Sul: foi um ano ruim para a indústria, de juros elevados, uma demanda externa relativamente fraca e uma Argentina em crise. “Tivemos ainda questões pontuais como a paralisação para a manutenção de equipamentos na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e a paralisação temporária da produção da General Motors (GM), em Gravataí, o que acabou afetando a indústria de veículos”, explica.

Projetando o ano 2024 para o Rio Grande do Sul, o economista-chefe da CDL POA acredita que sem a incidência dessas questões pontuais combinado com uma retomada da agropecuária e da indústria, o Estado deverá ter um crescimento expressivo este ano. “As projeções são de uma safra de verão mais próxima do normal. Não deve ser uma safra recorde, espetacular ou uma super safra como tivemos em 2023. Mas, será uma safra que vai colocar o Rio Grande do Sul mais próximo do restante do País”, projeta.

 

Data

28 fevereiro 2024

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