O que aconteceu no último dia de NRF ’25 Retail’s Big Show - CDL POA

O que aconteceu no último dia de NRF ’25 Retail’s Big Show

O último dia de NRF ’25 Retail’s Big Show, em Nova Iorque, teve cobertura completa da CDL Porto Alegre nos canais digitais. O evento reuniu mais de 40 mil pessoas de todos os lugares do mundo, no  Jacob K. Javits Convention Center, e apresentou o que há de mais novo para o varejo. Veja abaixo os destaques do último dia de painéis.

Perspectivas econômicas globais para 2025 e além

Na primeira sessão do dia, David Solomon, chairman e CEO do Goldman Sachs, e Matthew Shay, presidente e CEO da NRF, falaram sobre a economia global, o cenário geopolítico e o impacto da Inteligência Artificial ​​generativa na economia.

David Solomon explicou que há um cenário de relativo otimismo em relação à economia americana. Para ele, a cultura de inovação dos EUA, o desenvolvimento de novas tecnologias e a capacidade de encontrar soluções para os problemas, faz com que acredite em um cenário positivo para 2025.

Ele complementa dizendo que a economia americana se mostrou resiliente nos últimos anos, especialmente pós-pandemia. Melhor, inclusive, do que imaginava. Porém, pondera que a inflação ainda é um ponto de atenção no que diz respeito ao consumo.

“Por mais que os índices para bens duráveis tenham diminuído, para alimentação e serviços seguem altos, afetando, especialmente, o consumidor médio.”

Para ele, é importante que as empresas entendam como utilizar a inteligência artificial para mudar processos e dinâmicas de maneira a aumentar a produtividade. Deve-se pensar no processo para torná-lo mais eficiente através da tecnologia. 

Dominando o jogo dos negócios e das marcas

Alex Rodriguez, presidente e CEO da A-Rod Corp, e Dylan Lauren, fundadora e CEO da Dylan’s Candy Bar, conversaram sobre a construção de negócios prósperos e marcas revolucionárias por meio de inovação e parcerias estratégicas. 

Após sua carreira no Hall da Fama da Major League Baseball, Alex fundou a empresa de investimentos A-Rod Corp, que se destaca em transformar potencial em sucesso, alavancando ampla experiência e uma abordagem visionária para investimentos em diversos setores empresariais. Para ele, a transição de carreira de um atleta de sucesso para um homem de negócios só foi possível graças a parcerias com pessoas de talento complementar. 

Inspirada pelo legado da carreira histórica de seu pai, Dylan (filha de Ralph Lauren), fundou a Dylan’s Candy Bar em 2001, que revolucionou a indústria de doces ao misturar moda, arte e cultura pop, criando uma experiência única para o consumidor sendo considerado um dos melhores exemplos do ‘retailtainment’. 

Durante o painel, Alex Rodriguez disse que as empresas precisam servir o consumidor onde ele estiver. No e-commerce é importante do ponto de vista da venda, mas o varejo é sobre experiência e é aí que a loja física desempenha papel fundamental. Dylan concordou e complementou explicando que é difícil traduzir a essência de uma loja de doces no ambiente digital.

Os profissionais falaram que a inteligência artificial tem qualificado os processos das empresas, mas a experiência, a conexão e a afetividade passam pela interação humana. Dylan explicou que a tecnologia traz, sim, muita conveniência para o consumidor, mas nada substitui o atendimento humano.

“Varejo não é somente sobre vender e comprar. É sobre gerar conexões genuínas.”

Impulsionando a inovação e expandindo comunidades ao redor do mundo

Calvin McDonald, CEO da Lululemon, falou sobre como a marca continua a se adaptar e competir inovando para as necessidades não atendidas de seus clientes, alavancando seu modelo direto ao consumidor construído em relacionamentos e aumentando sua comunidade ao redor do mundo de uma forma relevante. 

“A Lululemon tem a ambição de se tornar a marca mais desejada por atletas, focando na entrega de produtos de alta performance, e a marca de vestuário referência quando se fala em sustentabilidade e circularidade – movimento já iniciado com investimentos em novas tecnologias e aquisição de empresas do setor.”

Ele explicou que cultura do bem-estar e cuidados com a saúde são fatores que têm impulsionado as vendas da empresa e consolidando uma comunidade engajada. E destacou a importância da loja física para a marca como espaço para conexão, para o compartilhamento de informação e para a construção de uma comunidade local relevante. 

Calvin não considera a Lululemon como uma empresa tecnológica, mas uma empresa que utiliza tecnologia para construir melhores experiências para seus consumidores. “Os investimentos da empresa são direcionados, especialmente, para soluções que auxiliem na captação e entendimento de dados para melhorar a performance do negócio, entender as necessidades dos consumidores e atendê-las a pleno.” 

Sobre 2025, Calvin se mostra otimista, explicando que os consumidores querem gastar, mas estão mais seletivos, priorizando marcas que entreguem valor, inovação e experiência.

Como as lojas competem em um mundo de supervelocidade no mesmo dia?

Lee Peterson, da WD Partners, apresentou os resultados de uma pesquisa que explora o que faz os compradores saírem do sofá e irem para a loja.

Para ele, as lojas físicas possuem um apelo emocional, enquanto a agilidade é uma questão tática. “Tentar competir com a rapidez de entregas, como faz a Amazon, representa um equívoco estratégico para os pontos de venda físicos.” Ele explica que o foco deve estar no que as lojas oferecem de exclusivo em relação ao e-commerce: conexão emocional, experiência sensorial de compra e interação pessoal.

Ele complementa, explicando que a maioria dos consumidores (68%) opta por compras online devido à conveniência, rapidez e praticidade que esse formato oferece. Assim ,as lojas físicas devem focar estratégias em outras áreas:

  • Reavaliar o atendimento: Capacitar os vendedores para aprimorar a interação humana e oferecer uma experiência de compra mais satisfatória;
  • Aprimorar o design das lojas: Criar ambientes mais atraentes, organizados e que transmitam exclusividade.
  • Agilidade no pagamento: Adotar tecnologias que facilitem e acelerem o processo de checkout, sem depender apenas de totens de autoatendimento.
  • Valorização da exclusividade: Disponibilizar produtos exclusivos nas lojas físicas por um período limitado antes de oferecê-los online.
  • “Movimento Slow Retail”: Inspirado no “Slow Food”, propõe priorizar a qualidade da experiência de compra em vez da velocidade. Destaque para um design inovador, atendimento individualizado e produtos diferenciados.
  • A importância do comércio local: Cerca de 43% dos consumidores preferem comprar em lojas próximas de suas casas, especialmente em bairros ou comunidades. É essencial que o comércio local se posicione como uma opção acessível, conveniente e acolhedora.

Tendências globais do varejo

A fundadora e CEO da GDR Creative Intelligence, Kate Ancketill,falou sobre como os varejistas estão perfeitamente posicionados para fornecer convergência entre tecnologia e conexão humana.

Para ela, o varejo físico e o atendimento humano serão cada vez mais necessários em um mundo em que a IA vem ocupando cada vez mais espaço no dia-a-dia. As pessoas, cada vez mais solitárias, precisarão de experiências que permitam o desenvolvimento do senso de pertencimento, comunidade e aceitação. Para isso, o varejo desempenha papel estratégico.

“61% dos consumidores querem que as marcas os ajudem a sentir emoções intensas, e 63% querem que as empresas e marcas ofereçam experiências multissensoriais.”

Ela cita algumas das principais críticas ao crescente uso de IA: custo de infraestrutura e impacto ambiental para geração de energia que alimentam os equipamentos, desaparecimento de empregos tende a ser maior do que o surgimento de novas funções, fraudes e deepfakes, bolha do hype e reputação irão acabar.

Para combater isso, ela cita um novo conceito, o Varejo do Escapismo. Esse termo representa o cruzamento do limiar para outro mundo: um local de admiração, espanto e efervescência coletiva, nos quais comunidades vivem experiências pelas quais vale a pena pagar.

Ela explica que a tendência é que vidas mais dominadas por IA, acabem por gerar maior demanda por conexão humana e admiração.

  1. Riqueza da alma e nutrição cultural: comida e bebida, jogos, natureza, cultura, imersão sensorial…
  2. Ambição de escala: garantia da autenticidade da marca por meio do excepcionalismo
  3. Benefícios físicos e neurológicos: comprovados da “efervescência coletiva” e da economia das maravilhas

Pós-NRF 2025 CDL POA

Após estudar e vivenciar as novidades do varejo das grandes marcas mundiais, a CDL POA promoverá o Pós-NRF 2025, no dia 22 de janeiro, às 18h30, no Vista Pontal, no Pontal Shopping.

O evento acontece apenas 4 dias após o retorno ao Brasil e apresentará tudo que foi visto em Nova Iorque e pode ser adaptado para a realidade do varejo local. Os palestrantes serão Fabiano Zortéa, Organizador da Comitiva da NRF 2025 e Coordenador Estadual de Varejo do Sebrae RS; Guga Schifino, Diretor de Inovação e Negócios na Linx Stone Co. e Especialista em Varejo e Missões à NRF; e Natália Schifino, Gestora de Comunidade na WOW Aceleradora | Curadora na FFX. Os ingressos são limitados e podem ser adquiridos no site do evento.

Data

15 janeiro 2025

Compartilhe

Icone de telefone

Ligue e descubra a solução ideal para a sua empresa

51 3017 8000

Capitais e regiões metropolitanas
De segunda a sexta , das 9h às 18h.