Setor do Comércio impulsiona recorde de abertura de novas vagas de trabalho no mês de novembro - CDL POA

Setor do Comércio impulsiona recorde de abertura de novas vagas de trabalho no mês de novembro

O Rio Grande do Sul fechou 11 meses seguidos no azul na geração de empregos com carteira assinada. O Estado criou 11.679 vagas no mercado de trabalho formal em novembro. Esse resultado é obtido por meio da diferença entre contratações e demissões no período. Os dados são do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (28), pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Duas das cindo atividades econômicas pesquisadas tiveram saldo positivo, com destaque para o setor de Comércio (105.969 postos). Nesse grupo, o subsetor Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios teve a maior alta (+20.731). Já o estoque de trabalhadores com carteira assinada alcançou novo recorde, com 43.144.732 postos de trabalho. O saldo positivo de novembro foi verificado em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo (com 50.908 postos), Rio de Janeiro (25.223 postos) e Rio Grande do Sul (11.679 postos).

O desempenho do Estado ocorre após 110.960 admissões e 99.281 demissões no 11° mês do ano. Mesmo no azul, o saldo de novembro é menor do que o registrado em outubro deste ano, conforme dados atualizados.

O economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, afirma que o desempenho mais expressivo do comércio é sazonal. Novembro costuma apresentar bons números do setor em contratações diante de maior demanda: – Isso está atrelado a essas necessidades relacionadas ao fim do ano, principalmente na questão das festas, do Natal, do Ano Novo, da Black Friday, dependendo do setor.

Desaceleração

Alguns ramos, como os de supermercados e vestuário, apresentaram resultados melhores ante outros segmentos do comércio. Frank destaca que, além de aspectos sazonais, esses e outros setores que dependem menos do crédito têm maior expansão em um cenário de taxa básica de juros elevada.

Em relação à desaceleração da criação de vagas no total geral do Estado, Frank cita a perda de ritmo da atividade econômica, o fim de benefícios de garantia de emprego e uma base de comparação mais alta entre os fatores que explicam esse movimento. O Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado com maior saldo em novembro, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. No ano, o RS acumula a abertura de 128.523 postos. Em 12 meses, são 109.204 postos. O Brasil também voltou a registrar números positivos no mercado de trabalho formal, abrindo 1354 mil vagas com carteira em novembro. Como desempenho do mês passado, o pais tem saldo positivo de 2.466.377 empregos formais no ano. Nos últimos 12 meses, são 2.173.080 vagas. O resultado entre admissões e desligamentos ficou no azul, principalmente, pelo desempenho dos setores de comércio e serviços. Apenas esses dois segmentos da economia anotaram números positivos no mês. Indústria, construção e agropecuária ficaram no vermelho.

Futuro

O economista-chefe da CDL Porto Alegre afirma que a tendência é de que o emprego siga desacelerando no Estado e no pais em 2023 na esteira do desaquecimento da economia.

Nos setores ligados ao agronegócio, o desempenho das contratações no Estado depende do volume de chuva durante o verão, segundo Frank. A economista Maria Carolina Gullo, professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), afirma que é difícil estimar o comportamento do emprego no próximo ano diante de incertezas sobre a nova gestão federal. A especialista avalia que existe um espaço para avanço no início do ano, mas falta clareza para um período mais longo: – Ainda temos algum fôlego para o início do ano. Já o desempenho no restante do ano vai depender de como serão os cem primeiros dias do governo, qual será o norte das políticas que o governo vai adotar no sentido de dinamizar mais a economia.

Fontes: CNN Brasil e Zero Hora

 
 

Data

29 dezembro 2022

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