A lenda do esporte contou como a vida de atleta o ensinou sobre a importância da união e da coletividade, atributos essenciais ao sucesso nos negócios.
Earvin “Magic” Johnson é aquela pessoa sobre a qual se fala que a estatura o precede. E não é somente pelos 2m06cm que o impulsionaram a construir a mítica camiseta 32 como armador do Los Angeles Lakers na NBA, a Liga Norte-Americana de Basquete. Na segunda-feira (15/01), terceiro dia da NRF, Magic Johnson, aos 64 anos, mostrou que, se houver um “Dream Team” de speakers no evento, ele seria titular – como foi na seleção dos EUA campeã da Olimpíada de Barcelona em 1992. Membro do Hall da Fama da NBA, ele se converteu em um dos empresários e filantropos mais poderosos e respeitados do mundo. Ao trocar a quadra de basquete pela sala de reuniões, Johnson aproveitou com sucesso suas habilidades e tenacidade no mundo dos negócios como presidente e CEO da Magic Johnson Enterprises (MJE), fornecendo produtos e serviços de alta qualidade que se concentram principalmente em comunidades etnicamente diversas e carentes.
Johnson fez história em 2023 quando se tornou coproprietário do Washington Commanders da NFL. Ele também é coproprietário do Los Angeles Dodgers da MLB, do Los Angeles Sparks da WNBA, do Los Angeles Football Club da Major League Soccer e da franquia de eSports Team Liquid. Na NRF, ele contou como a vida de atleta o ensinou sobre a importância da união e da coletividade, atributos essenciais para o sucesso nos negócios. Para ele, o mais importante é trabalhar com as pessoas certas e engajadas com a cultura da empresa. “Considero fundamental, nas minhas empresas, compartilhar a visão estratégica com todo o time para que o direcionamento das decisões seja entendido”, afirmou, destacando ainda que, junto com o crescimento dos empreendimentos, é imprescindível olhar o impacto na sociedade. Sustentabilidade, para ele, é uma pauta inegociável. Johnson ainda detalhou como fez parceria com grandes marcas como Starbucks, 24 Hour Fitness e T.G.I. com o propósito de espalhar impulso econômico em comunidades urbanas densamente povoadas.
É interessante como uma feira com a dimensão e a diversidade da NRF pode apontar convergências. O presidente executivo Ed Stack liderou a DICK’S Sporting Goods ao longo de décadas de crescimento notável. Em outras palavras, Ed defendeu o mesmo raciocínio de Magic Johnson: as empresas precisam estar atentas ao seu impacto na sociedade e se posicionar em relação a pautas que determinam o bem-estar coletivo. O executivo da empresa cuja missão é criar confiança e entusiasmo, inspirando, apoiando e equipando os atletas para alcançarem seus sonhos destacou o papel da educação e da qualificação das gerações mais novas para uma inclusão mais ampla e melhores oportunidades a todos.
Diante de tantas informações em relação ao consumo digital, protagonista dos debates nos últimos anos em Nova Iorque, o vice-presidente executivo da WD Partners, Lee Peterson, veio falar sobre o varejo físico. A partir de pesquisas proprietárias que ouviram mais de 2.000 consumidores diante da pergunta “Dadas todas as opções que você tem para comprar produtos hoje, para que você usa as lojas?”, Lee discorreu sobre o “Transacional e funcional x emocional”.
Lee começou sua palestra estabelecendo a principal diferença entre o varejo digital e o físico: o primeiro é construído para ser funcional e transacional, enquanto o segundo é emocional. “Estamos fazendo lojas como websites, e as pessoas estão buscando a loja para fins funcionais”, pondera o executivo.
Mas os consumidores estão indo para as lojas motivados por questões emocionais? A pesquisa mostra que não, pois 63% dos consumidores americanos preferem o varejo digital e justamente frequentam o varejo físico por motivos funcionais: para provar um produto, para devolver um item, buscar promoções, porque precisam de algo imediatamente ou para retirar algo comprado online.
Porém, esperam que as lojas tenham uma atmosfera emocional, sendo um lugar para descoberta, inspiracional, com ‘vibe’ e com atendimento humano de qualidade.
Desta forma, Lee afirma que o varejo precisa despertar o interesse dos consumidores em frequentar a loja física. “O consumidor não tem que ir à loja, tem que querer ir à loja”, resume. Assim, os varejistas precisam focar na criatividade, no design da loja, em visual merchandising, em música ambiente que converse com a marca e no atendimento de qualidade, valorizando os colaboradores.
Inclusive, um painel que aprofundou aspectos relacionadas à Geração Z – os nativos digitais, nascidos a partir de 1995 – ratificou esse raciocínio. Os executivos Linda Lit, head de ativação de clientes e marketing da H&M; Caleb Pearson, VP de engajamento do McDonald’s; e Ann Piper, head de ad sales data Spotify na America do Norte, concluíram o seguinte: Apesar de ser heavy user digital, a Geração Z prefere comprar no ambiente físico, porque entende que a loja física entrega uma jornada mais personalizada ao mesmo tempo em que é um espaço para socialização, fatores essenciais ao processo de autoexpressão, tão valorizado por este grupo.
Nesta terça-feira (16/01), a comitiva da CDL POA acompanha o quarto e último dia de palestras e painéis na NRF.
Pós-NRF 2024 CDL POA
Após a expedição, e de volta ao solo gaúcho, a Entidade promoverá, em primeira mão, o evento Pós-NRF 2024, no dia 24 de janeiro (quarta-feira), às 18h30min, no Teatro da Unisinos, em Porto Alegre. A iniciativa da CDL POA apresentará um resumo voltado para o mercado local do que foi apresentado no palco novaiorquino. A programação contará com apresentações de Fabiano Zortéa, organizador da comitiva e coordenador estadual de Varejo do Sebrae RS, e de Gustavo Schifino, diretor de Inovação e Negócios da Linx Stone Co e especialista em varejo e missões à NRF. Além de um painel com empresários participantes da comitiva.
Confira o que aconteceu nos outros dias de NRF 2024
NRF 2024: CDL POA inicia participação no Retail’s Big Show com visitas técnicas
NRF 2024: CDL POA mostra destaques do segundo dia de visitas técnicas em Nova Iorque
Primeiro dia da NRF 2024: antecipa tendências no consumo digital e nas lojas físicas também
Último dia da NRF: Maternidade moveu a atriz Drew Barrymore a empreender