Qual o impacto do distanciamento social para o PIB do Brasil?

Qual o impacto do distanciamento social para o PIB do Brasil?

29

MARÇO, 2021

Notícias

Diante da deterioração do quadro sanitário, diversas localidades decretaram medidas para reter a circulação de pessoas no território nacional. Consequentemente, o Índice de Isolamento, construído pela Inloco, registra tendência altista: de 34,3%, na média entre 19 e 25 de fevereiro, para 40,2% entre 17 e 23 de março.

Naturalmente, o endurecimento das restrições ao funcionamento dos negócios repercute negativamente sobre a trajetória da produção. A Instituição Fiscal Independente (IFI), vinculada ao Senado Federal, fez uso de uma metodologia elaborada pela OCDE para mensurar tal efeito.

Duas variáveis são consideradas essenciais no exercício proposto: (1) o tamanho da redução do nível de atividade; e (2) o tempo de permanência das limitações ao fluxo dos cidadãos. Seguem, abaixo, os números. Destaca-se, em negrito, o cenário onde a paralisação atinge metade da economia por quatro semanas. Nesse caso, deixaríamos de crescer em torno de um ponto percentual.

Os resultados supracitados não levam em conta ações compensatórias do poder público. Vale lembrar que, ao longo de 2020, os gastos adicionais e os incentivos tributários no “Orçamento de Guerra” equivaleram a 8,3% do total de bens e serviços, de acordo com o FMI. Já as linhas de empréstimos e suas respectivas garantias alcançaram 6,2%.

Se, por um lado, a política monetária não será tão estimulativa à renda e à ocupação em 2021, por outro teremos a reedição de algumas das providências adotadas no ano passado, incluindo o auxílio emergencial, embora menos abrangente, e os programas de preservação de emprego.

Logo, é fundamental equacionarmos o problema relacionado à COVID-19 para que a retomada acelere.

*Conteúdo exclusivo – Oscar Frank, economista-chefe da CDL POA

 

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Data

29 março 2021

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