PIB cresceu no país, mas economia gaúcha está no menor patamar desde a enchente - CDL POA

PIB cresceu no país, mas economia gaúcha está no menor patamar desde a enchente

A economia gaúcha ficou longe do crescimento de 1,4% do PIB nacional no primeiro trimestre. O indicador consolidado do país foi divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (30). O dos Estados demora um pouco mais para sair, mas já temos a medição da atividade econômica feita pelo Banco Central, que é uma prévia do PIB (que, aliás, havia apontado alta nacional de 1,3%, quase na mosca).

O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS) avançou apenas 0,16% no primeiro trimestre sobre o último de 2024. É o segundo pior desempenho do país, à frente apenas de Pernambuco. Com o recuo de 0,8% em março, a economia gaúcha caiu aos 105,44 pontos, o menor patamar desde maio do ano passado, mês da enchente.

Economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank vê, nos números gaúchos, o impacto de mais uma estiagem. Cita o prognóstico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de queda de 8,9% na produção, com destaque negativo para a soja (-27,3%) no Estado, enquanto o Brasil colheu safra recorde.

— Apesar da inflação e do juro alto, o mercado de trabalho pujante e políticas de incentivo ao consumo amenizam o resultado, com crescimento no comércio. O segundo semestre será mais complexo com ausência de impulsos relevantes — acrescenta.

Na indústria, que impacta muito o varejo, Frank aponta as suspensões de produção na General Motors (GM), em Gravataí, e queda nas fumageiras. O setor teve o pior desempenho (veja abaixo) no período, mas a estagnação das fábricas gaúchas se arrasta há anos. Em 20 anos, o PIB industrial do Estado cresceu apenas 2%, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

— Cresce em um mês, cai no outro. Quando vão disputar uma maratona, industriais do Rio Grande do Sul já saem com algumas pedras na mochila. É o peso que outros Estados não têm, como problemas logísticos e de clima. Mas temos segmentos que são destaques, como moveleiro, celulose e máquinas agrícolas — diz o economista-chefe da Fiergs, Giovani Baggio.

Economia do RS

  • 1º trimestre de 2025 / 4º trimestre 2024
  • IBCR-RS +0,16%
  • Indústria -0,6%
  • Serviços -0,5%
  • Varejo +0,3%

Fonte: GZH

Data

31 maio 2025

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