Os primeiros dados de 2013 para o Varejo do Rio Grande do Sul apontam crescimento de 3,6% do volume de vendas em janeiro, na comparação com dezembro/2012 – já descontados os efeitos sazonais. Já na comparação com janeiro/2012 o mesmo índice para o Varejo Restrito (exclui Veículos e Material de construção) apresentou crescimento de 4,5%. Em termos nominais, o índice de receita de vendas cresceu 4,75%, o que representa aproximadamente R$ 7,5 bilhões (valores correntes). Em 2012, o Varejo gaúcho teve Receita Nominal de aproximadamente R$ 85 bilhões em valores correntes.
Dentre os segmentos de destaque no Rio Grande do Sul citamos Material de escritório (+17%) e Vestuário e calçados (+14,5%), na comparação com janeiro/2012. Já para o Brasil a maior variação no volume de vendas foi em Artigos farmacêuticos e similares (+10,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+13,9%), que incluem produtos óticos, jóias, relógios, peças de eletrodomésticos, etc.(em var. % real acumulada em 12 meses)
Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.
(em var. % real jan/13 contra jan/12)
Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA
Na comparação com o agregado para o Brasil, a Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE) aponta melhor desempenho mensal do Comércio gaúcho: o Varejo Restrito cresceu apenas 0,86% entre janeiro/2013 e o mês anterior (ajustado sazonalmente) no país, mas 5,89% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em termos de Receita Nominal de Vendas o crescimento foi de 1,4%, o que totaliza um valor de aproximadamente R$ 48 bilhões (a preços correntes).
Lembramos que em função da mudança na metodologia na Pesquisa as comparações entre 2012 e anos anteriores poderiam estar superestimadas, o que não deve ocorrer para as comparações com esse ano. Sendo assim, os dados tendem a ser mais próximos da realidade para empresas com no mínimo 20 funcionários (amostra pesquisada pelo IBGE).
Os dados reforçam a ideia que o Comércio – tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil – deve se manter aquecido ao longo de 2013, em linha com o que se espera para a atividade econômica em geral. Em termos de renda há dois impactos positivos no horizonte. Por um lado, esperamos crescimento real de renda, em função do mercado de trabalho aquecido. Paralelamente a retomada da atividade agrícola no RS, depois dos péssimos resultados de 2012 em função da seca, permitem esperar crescimento de renda também para os consumidores que vivem dessas atividades
Além disso, destacamos que o fim da cobrança de impostos federais sobre alguns produtos da cesta básica devem gerar impacto positivo na venda de bens de consumo. Alimentação no domicílio é um item com participação de 15-17% na cesta dos consumidores e, portanto, uma redução nos preços desses produtos faz diminuir o seu custo no orçamento das famílias. Com essa “folga” de renda inesperada as famílias encontram uma oportunidade para adquirir outros bens que desejavam, seja à vista ou à prazo.