Com o encerramento do pleito eleitoral e a determinação dos líderes à frente dos governos estadual e federal nos próximos anos, salientamos nossa preocupação com o desenvolvimento de ações que permeiam a execução de políticas econômicas alinhadas a um caminho de desenvolvimento, que propiciem um Estado eficiente, alicerçado no diálogo, na transparência e na lisura de processos.
Para isso, defendemos o impulsionamento da geração de emprego e renda, e a continuidade das reformas que foram iniciadas no âmbito fiscal, trabalhista e previdenciário. Avançamos em iniciativas de incentivo ao empreendedorismo e à inovação, e precisamos seguir progredindo na defesa da liberdade econômica, da simplificação tributária, das privatizações e da valorização do setor produtivo.
No aspecto econômico nacional, nossa principal preocupação diz respeito ao déficit fiscal e à administração dos recursos públicos. Ainda, salientamos os possíveis e nocivos impactos da volatilidade dos mercados, enquanto não estiverem definidos os ministros e a equipe econômica governamental. Entendemos como ponto de tensionamento, a propensão ao maior intervencionismo estatal, e uma visão mais pragmática da condução da política econômica. Entramos em um momento de transição. Não apenas de governo, mas de diferentes visões da gestão e das políticas públicas. O papel da sociedade civil organizada será, mais do que nunca, atuar como vigilante para que não haja nenhum tipo de retrocesso para o País.
Na esfera econômica estadual, confiamos na manutenção dos canais abertos já existentes, propensos ao diálogo. Para um cenário de maior segurança, vislumbramos a sustentação de iniciativas que foram positivas e necessárias, como a implantação do Regime de Recuperação Fiscal e a privatização da Corsan, com atenção prioritária aos impactos dessas iniciativas nos demais serviços prestados à população. Não menos relevante, preocupa o grande desafio orçamentário previsto para 2023 no Rio Grande do Sul, que orbita um déficit de R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos.
Ainda, se mostra fundamental a existência de uma nação conciliada e pacificada, com segurança jurídica e institucional para que o setor produtivo ofereça mais empregos, estimulando o aumento da renda, o incentivo ao consumo e a arrecadação de tributos. Não podemos permitir retrocessos. As lideranças precisam governar para todos, buscando diálogos interno e externo, priorizando a reconciliação e o desenvolvimento. Este é o ciclo virtuoso de uma sociedade em progresso, que precisa ser protegido e vigorado.
Um ambiente político estável favorece o desenvolvimento e fortalecimento de negócios. Como entidade representativa do varejo, acreditamos no futuro que se constrói de forma integrada e colaborativa. Reforçamos nosso papel contributivo para defender, conscientizar, orientar e instrumentalizar o setor empresarial, em prol do desenvolvimento de nosso Estado e País.