Os dados do IBGE e do Ministério do Trabalho sobre o Mercado de Trabalho em julho mostram um cenário de estabilidade nas variáveis ligadas ao emprego no Rio Grande do Sul:
- Taxa de desemprego (desocupação) fechou em 3,7% em Porto Alegre;
- Em relação a julho/12 houve leve queda 0,1 ponto percentual;
- Na média em 12 meses, manteve-se estável em 3,7% pelo terceiro mês consecutivo;
- Para o Brasil, houve leve aumento: 5,6% no último mês contra 5,4% em julho do ano passado;
- Na média em 12 meses, a taxa no Brasil também manteve-se relativamente estável: 5,5%, aumento de 0,1 p.p. em relação a junho passado.
(em % da população economicamente ativa)
Fonte: IBGE. Elaboração: AE/CDL POA.
Em termos de valores pagos às pessoas ocupadas, os dados são referentes aos rendimentos de junho/13 e mostram crescimento real tanto na média quanto na comparação mensal:
- Aumento de 6,5% na comparação com junho/12, em Porto Alegre: R$ 1.845 contra R$ 1.733;
- Em relação à média em 12 meses, o crescimento real foi de 0,52%;
- No setor privado houve aumento real de 7,8% em relação a junho/12 em Porto Alegre, e 2,3% no Brasil.
Quando observados o número de empregos formais, conforme o Ministério do Trabalho, os dados apontam:
- 1,414 milhão de empregos formais em Porto Alegre: aumento de 2% em relação a julho/12;
- 3,06 milhões de empregos formais no RS: aumento de 2,9% em relação a julho/12;
- No Varejo Ampliado, em Porto Alegre julho fechou em 193,3 mil empregos, crescimento de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, representando geração líquida de 2,8 mil empregos formais ;
- No Varejo Ampliado gaúcho como um todo foram 494 mil empregos, crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2012, ou geração líquida de 13,4 mil empregos formais.
Considerações da Assessoria Econômica
Conforme temos destacado nas últimas notas, a taxa de desemprego parece ter se estabilizado próxima ao nível de 4% em Porto Alegre, e pouco abaixo de 6% para o resto do país.
Acreditamos que contribuíram para esse comportamento:
- a absorção no setor de Serviços das pessoas desocupadas na Indústria com a atividade econômica mais desaquecida no ano passado;
- isso foi possível pois esse setor se manteve aquecido, já que depende do crescimento da renda real e do crédito, ao contrário da Indústria;
Entretanto, o ritmo de geração de empregos tem desacelerado na economia brasileira como um todo. Parte desse movimento é em função do limite de pessoas que existem para trabalhar, mas parte também:
- pela atividade econômica mais fraca que a esperada;
- piora nas expectativas dos agentes quanto a situação atual da economia brasileira.
Por fim, chamamos atenção que a manutenção do mercado de trabalho aquecido pressiona os salários para cima, uma vez que a competição por mão-de-obra qualificada se torna mais acirrada. Especificamente para o Varejo, o ritmo mais forte de contratação da Indústria nos últimos meses contribui ainda mais para esse movimento, uma vez que os salários pagos pelo setor industrial são, em média, maiores que no Varejo.
Isso significa que, primeiramente os custos das empresas serão afetados, mas parte desse aumento pode ser repassada ao consumidor, a depender dos efeitos da taxa de juros sobre a atividade.(em mil empregos formais acumulados em 12 meses)
Fonte: CAGED/MTE. Elaboração: AE/CDL POA.