Os lojistas vão retomar as mobilizações em março se o Imposto de Fronteira não acabar. Varejistas gaúchos reuniram-se nessa manhã na Assembleia Legislativa.

Foto: Vilson Noer/Arquivo Pessoal
Discutiram o prazo de dez de março para ter uma posição do Governo do Estado, o que inclui um encontro com o governador, José Ivo Sartori, e com o vice-governador, José Paulo Cairoli, que era presidente da Federasul e apoiava o fim do tributo. Também é chamado de Diferencial de Alíquota de ICMS, cobrado de mercadorias trazidas de fora do Estado.
Aguardam ainda números que mostrem o impacto aos cofres do Estado prometidos pelo secretário Estadual da Fazenda, Giovani Feltes. Discordam da cifra de R$ 300 milhões. Alegam que ela inclui o ICMS pago pelos grandes varejistas, que conseguem recuperar o dinheiro com o crédito tributário.
– Quem sofre são os pequenos lojistas. Teve empresário chorando hoje, dizendo que vai entregar a chave da loja para o governo. O imposto tem que acabar e tem que ser em março. – afirma o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Vilson Noer.
AGV, CDL Porto Alegre e Sindilojas lideram o Movimento Chega de Mordida, que realizou protestos em 2013 contra o Imposto de Fronteira. A cobrança começou no governo Yeda, continuou no governo Tarso e o governo Sartori não tem dado sinais de que acabará com o tributo. Há uma lei de autoria do deputado Frederico Antunes acabando com o imposto, mas ela não é reconhecida pelo Governo do Estado.
Ontem, federações empresariais entregaram proposta de redução tributária para o Governo do Estado. Entre as medidas sugeridas, está a redução gradativa do Imposto de Fronteira. A reunião resultou apenas na sinalização de que uma comissão seria criada para avaliar o assunto.

Foto: Jocimar Farina/Rádio Gaúcha.