A inflação acumulada nos 12 meses até abril dos bens e serviços relacionados ao Dia dos Namorados superou o índice oficial de preços ao consumidor tanto no Brasil quanto na Região Metropolitana de Porto Alegre (RM de POA). É o que revela estudo técnico elaborado pela Assessoria Econômica da CDL POA, com base em dados do IPCA/IBGE e metodologia adaptada a partir de levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a investigação, a inflação do Dia dos Namorados chegou a 6,28% no Brasil e 5,88% na RM de POA, acima, portanto, das variações do IPCA cheio, de 5,53% e 5,44%, respectivamente. A análise levou em conta 36 itens.
Inflação do Dia dos Namorados
Joia (+26,0%) e chocolate em barra e bombons (+23,9%) estão entre os que ficaram mais caros na RM de POA. No entanto, por possuírem menor peso na composição da cesta, seus impactos para o indicador foram limitados. Os itens com maior influência altista foram refeição (+6,5%), perfume (+15,2%), lanche (+8,7%), cabeleireiro e barbeiro (+8,1%) e produtos para cabelo (+10,2%).
O economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, analisa o cenário: “É importante que os consumidores verifiquem junto aos seus orçamentos se os gastos atrelados à data comemorativa são sustentáveis, ou seja, se não causarão desequilíbrios financeiros. O planejamento é fundamental para que se compare entre as diferentes alternativas qual é a que otimiza os recursos”.
A aceleração dos preços relativos ao Dia dos Namorados no confronto com a data celebrada em 2024 (+3,3% no caso do Brasil e +4,0% na RM de POA) é consistente com a perda de poder de compra do real como um todo, impulsionada por incertezas fiscais e um ambiente externo adverso.
Preços individuais da cesta do Dia dos Namorados na Região Metropolitana de Porto Alegre
