Inflação abate venda

A alta dos preços começou a derrubar vendas. O comércio brasileiro vendeu 1,3% menos em setembro do que em agosto. No Rio Grande do Sul, o recuo foi de 1,9%, após queda de 5,5% no mês anterior. Além dos produtos mais caros, a renda do consumidor está comprometida com contas difíceis de fugir, como gasolina, energia e gás, que, sozinhos, respondem por um terço da inflação dos últimos 12 meses.

– É uma alta generalizada. Insumos escassos e caros, além da crise logística – diz Oscar Frank, economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA).

O que chama a atenção é o recuo até em produtos de “demanda inelástica”, ou seja, que dificilmente têm queda significativa de consumo, como combustíveis e alimentos:

– O que joga o volume para baixo é a inflação. As mercadorias subiram de preço. Em combustíveis, por exemplo, a receita foi -0,1%, estável, e o volume caiu 2,6%. O mesmo vale para supermercados, que passa de 0,1% de receita para -1,5% em volume – diz o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos.

Fonte: Jornal Zero Hora | Coluna Giane Guerra – Edição impressa em 12 de novembro de 2021.

Data

12 novembro 2021

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