Frio deve elevar ticket médio de vendas no Dia dos Pais - CDL POA

Frio deve elevar ticket médio de vendas no Dia dos Pais

Os varejistas gaúchos têm a expectativa de que o frio permaneça no Rio Grande do Sul para alavancar as vendas de presentes para o Dia dos Pais e melhorar o desempenho do setor. As baixas temperaturas registradas no último final de semana já contribuíram para aliviar estoques que, desde o início dos jogos da Copa do Mundo, estavam em excesso, preocupando lojistas em todo o Estado. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Gustavo Schifino, o cenário de promoções, que começam com as liquidações de agosto, aliado à larga oferta de produtos e ao interesse dos consumidores que ainda não foram às compras de inverno, deve responder por um incremento de 9% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2013.“Esperamos que o frio ajude no desempenho do comércio para o Dia dos Pais e que isso recupere parte dos resultados obtidos no período do Mundial”, diz. Na época, o setor deixou de faturar R$ 275 milhões em comparação com a segunda quinzena de junho somada aos primeiros 15 dias de julho do ano passado. Schifino observa que o fato de o ticket médio de produtos de inverno, como roupas, ser maior (dobrando de R$ 80,00 no verão para R$ 160,00) contribuiu para que o setor iniciasse esta semana ainda no negativo (-3%), mas melhor do que o resultado das vendas ocorridas entre 12 de junho e 13 julho, que foram inferiores em 15% em comparação a 2013. “Para se ter uma ideia do que isso significa, a expectativa era de uma queda de no máximo 4% neste período”, compara o dirigente.

No entanto, levantamento realizado pela Fecomércio-RS aponta que o varejo gaúcho deve apresentar um aumento real de 2% a 3% nas vendas de artigos para o Dia dos Pais. A economista-chefe da entidade, Patricia Palermo, observa que a temperatura tende a modificar o perfil do consumo: “O frio favorece a procura por peças de vestuário e calçados, e também por vinhos, que por serem produtos de maior ticket médio, ajudam a alavancar o desempenho dos varejistas em termos de faturamento.” Mesmo assim, Patricia opina que a tendência para o primeiro mês e todo o resto do segundo semestre é de que as vendas evoluam em ritmo lento, a exemplo dos primeiros seis meses do ano. “Não acredito que até dezembro ocorra alguma mudança mais relevante neste desempenho”, admite.

Patrícia aponta duas variáveis ligadas à macroeconomia que podem limitar as vendas do comércio para o Dia dos Pais, em comparação com anos anteriores. Um desses fatores é a desaceleração do mercado de trabalho – com taxa de desocupação em seu mínimo histórico na Região Metropolitana de Porto Alegre (3,2% em abril). “Outro dado importante no desenho do cenário para o varejo é o nível de confiança das famílias gaúchas, que sofreu queda nos últimos meses, conforme pesquisas recentes da Fecomércio.” A economista ainda lembra que a alta da taxa básica de juros (Selic) – que impacta na tomada de crédito pelo consumidor – e a inflação “persistentemente alta”, acima da meta estipulada pelo governo federal, também são fatores negativos para as vendas.

Já o presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Vilson Noer, garante que
lojistas do Interior estão mesmo comemorando a chegada do frio no Estado. “As baixas temperaturas vão contribuir muito para vender produtos que estão parados nas lojas, o que eleva a projeção de vendas. Julho deve fechar com 8,5% acima do que o mesmo período de 2013”, estima o dirigente, lembrando que este índice é nominal. “O aumento real deve ser de 2,5%”, pondera.

Também o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, acredita na recuperação dos negócios no período que antecede o Dia dos Pais e faz coro ao fato de que as temperaturas mais baixas poderão ajudar a potencializar o desempenho. “A estimativa é de 3,5% de crescimento nas vendas, na comparação com o mesmo mês em 2013.” Koch lembra que o fato das temperaturas demorarem a cair fez com que sobrassem produtos nos estoques. “Isso explica os descontos reais de 40% a 70% que já começam a ocorrer nas liquidações de agosto”, emenda o presidente da CDL-POA.

Data

29 julho 2014

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