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23

NOVEMBRO, 2020

Notícias

Relatório FOCUS: as últimas previsões para a economia brasileira

PIB: o tamanho da recessão computado em 2020 saiu de -4,66% para -4,55%. De acordo com o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a atividade econômica no terceiro trimestre subiu +7,5% em relação ao segundo, depois dos ajustes sazonais. A estimativa supracitada já incorpora a revisão oficial de crescimento em 2018 (de +1,3% para +1,8%) por parte do IBGE, além da perspectiva de correção do resultado de 2019 (de +1,1% para +1,6%). Desde que os +7,5% venham a se confirmar, o total de bens e serviços fabricados no território nacional ainda estaria 5,0% aquém do verificado nos três últimos meses de 2019. 

Para 2021, o prognóstico para o PIB passou de +3,31% para +3,40%. Assumindo (1) a estatística da FGV como verdadeira; e (2) o aumento da produção entre +2,0% e +3,0% no quarto trimestre de 2020, conforme aguardado por determinadas instituições financeiras, o número contratado para o ano que vem gravita de +2,5% e +3,3%. Esse é o chamado “efeito carregamento” – variação registrada caso a renda encerre 2021 no mesmo patamar do fechamento de 2020.

Inflação e Taxa SELIC: houve aceleração considerável para o IPCA em 2020 (+3,25% para 3,45%) e 2021 (+3,22% para +3,40%). Acreditamos que a continuidade das pressões no índice ao consumidor semanal da FGV (+0,77% entre 21 de outubro e 22 de novembro) e da segunda prévia do IGP-M em novembro (+3,05%) podem ter colaborado para esse movimento. É possível notar que os preços no atacado seguem em elevação, especialmente os das commodities. Tal comportamento interfere diretamente nas cadeias, originando repasses aos artigos intermediários e, também, para a ponta final.

Visto que as expectativas calculadas para 2021 se aproximaram consistentemente da meta de +3,75%, os agentes reavaliaram a trajetória antevista para os juros básicos. Agora, espera-se que a Taxa SELIC termine 2021 não em 2,75% ao ano, mas em 3,00% ao ano.

O entendimento do Itaú acerca do panorama

As projeções para o PIB do Brasil de 2020 e 2021 melhoraram: de -4,5% para -4,1%, e de +3,5% para +4,0%, respectivamente. Incertezas fiscais, sobretudo no tocante ao financiamento de programas sociais, constituem o risco fundamental no momento.

Vale lembrar que, apesar da multiplicação da COVID-19 na Europa e nos Estados Unidos, o quadro global é benigno para ativos de mercados emergentes, pois existe ampla liquidez disponível e a garantia das autoridades monetárias das nações desenvolvidas de que os incentivos se estenderão por um período suficientemente longo.

Especificamente sobre o cenário internacional, as medidas recentes de confinamento devem provocar recuo do PIB europeu em 3,2% entre outubro e dezembro. Porém, a reabertura dos negócios e o amparo do Fundo de Recuperação gerarão expansão de +6,0% em 2021, contra queda de -7,4% em 2020. Por sua vez, a China está com a epidemia controlada, de modo que o incremento de 2020 ante 2019 atingirá +2,1%. Por fim, a retomada americana permaneceu gradual. A tendência é de que um pacote de estímulos adicionais seja aprovado pelo Congresso, embora pequeno.

 

Confiança retrai novamente em novembro

A sondagem prévia de novembro, divulgada pela FGV, ocorreu entre os dias 01 e 13, com 2.635 firmas e 1.095 cidadãos de todo o território nacional. Os resultados evidenciam que o Índice de Confiança Empresarial (ICE), composto de quatro grandes setores (indústria, serviços, comércio e construção), e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuaram pela segunda vez consecutiva.

No primeiro caso, a queda foi de 0,9 ponto (de 97,1 para 96,2). Já o segundo caiu 2,2 pontos (de 82,6 para 80,4). Vale lembrar que “100” sinaliza neutralidade: valores superiores em comparação à referência denotam o grau do otimismo.

Todas as estatísticas têm dois subcomponentes: situação atual e expectativas. No que tange aos empresários, a avaliação do primeiro melhorou: de 96,6 para 98,5 pontos. Especificamente sobre o segundo, houve deterioração de 97,9 para 95,4 pontos. Por sua vez, o vetor do momento presente retrocedeu de 72,3 para 72,1 pontos para as famílias, enquanto a visão para os próximos meses registrou regrediu de 90,6 pontos para 87,0 pontos.

COMENTÁRIOS:

Acreditamos que os dados foram afetados negativamente pelo aumento da incidência de coronavírus no mundo, sobretudo na Europa. Por conta da data da coleta, o levantamento não captou a piora do quadro ao longo dos últimos sete dias no Brasil, com a rápida aceleração da contaminação e da letalidade. Ao mesmo tempo, nesse ínterim, laboratórios como a Moderna e a Pfizer anunciaram os números relativos à eficácia das suas vacinas contra a COVID-19.

Ressaltamos preocupação com o sentimento das famílias, cujo patamar encontra-se 8,4% inferior a fevereiro – antes da instituição das políticas de distanciamento social –. O impacto da crise sobre a ocupação formal e informal, o possível encerramento dos programas de transferência de renda e de preservação dos empregos a partir de 2021, bem como a inflação pressionada, são alguns dos fatores que, nosso entendimento, atuaram prejudicialmente na opinião dos entrevistados.

No tocante aos negócios, o ambiente é marcado pela heterogeneidade. A indústria de transformação prosseguiu com o maior nível entre os segmentos: além da realocação de gastos de serviços para bens, em função dos novos hábitos impostos pela pandemia, muitas categorias estão se beneficiando da injeção de caixa determinada pela ampliação da rentabilidade das exportações.

Por sua vez, o setor terciário apresenta as medidas mais baixas, em linha com sua lenta recuperação. Diversos ramos, principalmente aqueles que dependem de interação humana, permanecem com limitações. Métodos alternativos para transacionar, incluindo tele-entrega e take away, responsáveis por minorar as perdas do comércio, não se aplicam a esses recortes, pela sua própria natureza.

 

Data

23 novembro 2020

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