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JUNHO, 2020

Notícias

Relatório FOCUS: as últimas previsões para a economia brasileira

Não houve grandes alterações no tocante às previsões do PIB e do IPCA. O nível de atividade deve encolher -6,51% em 2020, e subir +3,50% em 2021. Já a estimativa para o indicador oficial de inflação passou de +1,53% para +1,60% no presente ano, e diminuiu de +3,10% para +3,00% no ano que vem.

Três mudanças nos números, no entanto, chamam a atenção:

  • Queda da Taxa SELIC esperada para 2021: de 3,50% para 3,00% ao ano. Isso significa que o ciclo de juros baixos no Brasil se estenderá por ainda mais tempo. Essa correção encontra fundamento na aposta de uma retomada gradual, que demanda estímulos oriundos da política monetária;
  • Taxa de câmbio em 31/12/20: de R$ 5,40 para R$ 5,20, acompanhando o movimento das últimas semanas de valorização dos ativos nacionais. A injeção de liquidez (moeda) promovida por vários Bancos Centrais ao redor do planeta, aliada a um certo otimismo com o processo de reabertura dos negócios, ajuda a explicar essa dinâmica.
  • Déficit primário do Setor Público: de -8,00% do PIB para -9,96% do PIB em 2020. Cremos que parte desse ajuste pode ser atribuído à extensão do pagamento do auxílio emergencial.

Panorama econômico – OCDE

MUNDO:
> Economia global vive sua pior recessão desde o crash de 1929;
> Dentro da perspectiva positiva, o PIB mundial cai -6,0% em 2020, e devolve boa parcela das perdas no ano que vem (+5,2%). Todavia, diante de uma evolução menos favorável do problema sanitário, fruto de uma possível segunda onda de contaminações no fim do presente ano, o recuo da atividade será de -7,6% em 2020, e a expansão em 2021 de, apenas, +2,8%. Ambos os quadros são igualmente prováveis.

  • No primeiro caso, a maioria dos países da OCDE retornará, em 2021, para os níveis de rendimentos per capita de 2016. No segundo, o patamar será semelhante ao de 2013.

BRASIL:
1)  O PIB do Brasil deverá retrair -7,4% em 2020, assumindo a hipótese de ausência de um novo surto da COVID-19. Entretanto, a aceleração da doença no encerramento de 2020 pode gerar prejuízos de -9,1%;
2) Analistas reafirmam a tendência de recuperação lenta do emprego e da renda, a partir do relaxamento progressivo da quarentena:

  • Consequentemente, o crescimento antevisto para 2021 é de +4,2% ou +2,4%, dependendo do cenário exposto no ponto 1). O consumo das famílias e investimentos serão os principais responsáveis pela alta;

 

IPCA registra deflação pela primeira vez em maio

Em maio, o IPCA sofreu deflação de -0,38%. Desde a instauração do Plano Real, o índice nunca havia diminuído no respectivo mês. Entretanto, a estatística veio um pouco acima do consenso de mercado e das 5 instituições com reconhecida assertividade nas previsões do Relatório FOCUS, do Banco Central: -0,43% em ambos os casos. Frente a igual período de 2019, o recuo foi 0,51 pontos percentuais.

O principal destaque foi a queda de -1,90% de “Transportes”, com influência decisiva dos combustíveis (-4,56%). Essa contração ocorreu a despeito da alta do barril de petróleo tipo Brent em relação a abril (+59,9%), devolvendo uma parcela das perdas acumuladas em 2020. Todavia, a Petrobras já anunciou um reajuste de 10% no valor comercializado junto às refinarias a partir de 09 de junho, e que, provavelmente, só não foi mais intenso por conta da expressiva apreciação cambial observada nas últimas semanas.

Também ajudaram na contenção do indicador a “Habitação” (-0,25%), Vestuário (-0,58%), “Saúde e Cuidados Pessoais” (-0,10%) e “Despesas Pessoais” (-0,04%) que, assim como os “Transportes”, exibiram as menores variações da história do Plano Real. Esses resultados fornecem um indício do efeito significativo da fortíssima recessão enfrentada pelo Brasil sobre a inflação: diante da fraqueza da demanda, os empresários promovem cortes nos preços com o intuito de conservar algum grau de atividade.

Por sua vez, “Alimentação e Bebidas” (+0,24%) e Artigos de Residência (+0,58%) evitaram um tombo ainda maior do IPCA. No primeiro caso, contudo, houve uma desaceleração considerável ante o mês anterior (+1,79%).

No acumulado em 12 meses, o IPCA retraiu de +2,40% em abril para +1,88% em maio: trata-se do quarto menor patamar da série nesse comparativo, e que encontra precedentes apenas no término de 1998.

 

PIB do 1º trimestre de 2020 do Rio Grande do Sul: avaliação dos principais resultados

Visão geral: o PIB do Rio Grande do Sul teve queda de -3,3% no primeiro trimestre de 2020 em relação a igual período de 2019. Logo, essa retração superou a computada para o nível de atividade nacional (-0,3%) considerando a mesma base, de acordo com o IBGE. Foi, também, a taxa mais baixa registrada pelo nosso estado desde o segundo trimestre de 2018.

Na série histórica com ajustamento sazonal, a produção de bens e serviços finais caiu -2,7% ante os três últimos meses de 2019. As perdas, portanto, foram mais intensas do que o total do Brasil (-1,5%). Nessa métrica, a economia gaúcha recuou para patamares semelhantes aos verificados ao longo do ano de 2011. A distância para o pico, atingido abril e junho de 2013, é de -7,0%.

De uma maneira geral, os números foram afetados pelo início das medidas de isolamento social para conter o alastramento do novo coronavírus. Ademais, a estiagem das safras de grãos de soja e de milho trouxe prejuízos significativos para a agropecuária, entre -14,9% e -16,9%, dependendo da comparação. Esse fenômeno ajuda a explicar parte da disparidade com o Brasil, dada a importância do segmento e de suas cadeias conexas para o RS.

Da mesma forma, a indústria do estado performou aquém da brasileira (-4,6% contra -0,1%, no confronto do desempenho frente a janeiro e março de 2019). Vale lembrar que a tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, tornou a base da extração mineral nacional pequena, criando um efeito estatístico favorável. A subcategoria mais relevante, da transformação, foi determinante para esse resultado (-2,6% versus -0,8%).

Por fim, o comércio no âmbito local foi um dos destaques negativos, ao diminuir -2,8%, ao passo que, no Brasil, houve avanço de +0,4%. Diversos ramos, com fundamento nos dados das vendas do varejo, contribuíram para essa diferença, com proeminência do conceito ampliado, que abarca veículos, motocicletas e materiais de construção.

 

Data

15 junho 2020

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