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04

JANEIRO, 2021

Notícias

Relatório FOCUS: as últimas previsões para a economia brasileira

Produto Interno Bruto: o prognóstico para 2021 caiu de +3,49% para +3,40% ao longo dos últimos sete dias. Entre os fatores positivos para o nível de atividade estão: (1) juros diminutos para os padrões nacionais; (2) efeito benigno das vacinas para a COVID-19 sobre a confiança dos agentes; (3) uso da poupança acumulada das famílias em 2020 para custear despesas; (4) ampla liquidez internacional. Já os desafios cruciais são: (1) ajuste das contas públicas; (2) busca de consenso em torno das reformas; (3) deterioração do emprego; (4) situação financeira dos empreendimentos sem o amparo da União.

Preços: a projeção para o IPCA em 2021 passou de +3,34% para 3,32% – aquém da meta de +3,75% definida para o presente ano. De acordo com o Banco Central, existe uma probabilidade de 19% do indicador oficial de inflação ficar abaixo do limite inferior de +2,25%, enquanto há 8% de possibilidade de que a variação supere a tolerância máxima de +5,25%. É razoável constatar, portanto, que os números exibem dispersão significativa, retratando um grau de incerteza ainda elevado para o comportamento do índice. Conforme os analistas do BC, o IPCA encerrará 2021 em +3,4%.

Taxa SELIC: houve queda de 3,13% ao ano (a.a.) para 3,00% a.a. no cômputo para o término de 2021. Ou seja, mesmo com o aumento em relação aos 2,00% a.a. de momento, a política monetária continuará estimulando a economia, uma vez que os valores praticados permanecerão abaixo da taxa de equilíbrio. Essa condução é factível porque as expectativas para o IPCA seguem controladas. Ademais, o regime fiscal, alicerçado pelo “Teto dos Gastos”, não foi alterado.

A interpretação do Banco Central acerca do cenário

O Relatório Trimestral de Inflação de dezembro revisou crescimento esperado para o PIB em 2021: de +3,9% para +3,8%. Essa leve diminuição é consequência uma antecipação da retomada em 2020, bem como de um processo mais lento de reaquecimento da ocupação e da mobilidade geral.

Considerando o recorte pela ótica da produção, a agropecuária decaiu de +3,4% para +2,1%, em decorrência do clima adverso provocado pelo fenômeno La Niña nas regiões fornecedoras. A indústria, no que lhe diz respeito, avançará +5,1%, e não +4,5%, refletindo os resultados acima do aguardado para o segmento. Por fim, os serviços mantiveram-se estáveis (de +3,7% para +3,8%). A avaliação subjacente é de que os categorias mais afetadas pelo distanciamento social em 2020 sejam os vetores da recuperação do setor, por causa da base deprimida.

No tocante ao saldo da carteira de crédito, 2021 apresentará uma desaceleração frente a 2020 (de +15,6% para +7,8%). O mercado como um todo tende a se beneficiar dos juros reduzidos e da reabertura gradual dos negócios. Contudo, o ritmo das operações destinadas para as empresas (+4,2%) deve ser menor do que às pessoas físicas (+10,6%), em função da provável reativação de emissões de dívidas corporativas da parte dos estabelecimentos de grande porte. Além disso, os empréstimos com recursos direcionados para as firmas recuarão (-5,3%), diante da conclusão dos programas especiais postos em marcha pelo governo em 2020.

 

IGP-M sobe +0,96% em dezembro

O Índice Geral de Preços – Mercado, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, apresenta a seguinte composição: (1) 60% do Índice de Preços no Atacado (IPA); (2) 30% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e (3) 10% do Índice Nacional do Custo da Construção (INCC).

Em dezembro, o IGP-M avançou +0,96%, o que representa significativa desaceleração comparativamente a novembro (+3,28%) e ao mesmo período de 2019 (+2,09%). Acreditamos que o resultado reflita a acomodação do Real frente ao Dólar ao longo das últimas semanas, propiciada pelo desfecho das eleições nos Estados Unidos e pela divulgação da eficácia das vacinas contra o novo coronavírus da parte de alguns laboratórios. É possível também que o dado já sinalize para uma melhor organização das cadeias econômicas, duramente afetadas pelo lockdown aplicado em diversos países.

A deflação de -1,82% nos “Produtos Agropecuários” do IPA, puxada pela soja, suínos e milho, determinou a alta mais contida no mês, conforme a tabela abaixo.

Consequentemente, o indicador responsável por atualizar, entre outros contratos, os alugueis e os débitos em atraso da conta de luz, cresceu 23,14% em 2020. Trata-se do maior patamar desde 2002 (+25,13%). Em comum, os dois anos foram marcados por intensa desvalorização da taxa de câmbio, que acaba por contaminar, de forma mais direta, a oferta.

 

Data

04 janeiro 2021

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