Fique bem informado – 02 abr - CDL POA

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02

ABRIL, 2019

Notícias

Veja os destaques do economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank:

 

  • Relatório FOCUS: projeções para o PIB do Brasil em 2019 caem pela quinta semana consecutiva

As expectativas para o PIB do Brasil no presente ano foram cortadas pela quinta semana consecutiva. Agora, os analistas esperam variação de +1,98%, levemente abaixo do consenso de mercado do dia 22/03: +2,00%. Quando abertas por trimestre, no comparativo com o mesmo período de 2018, as estatísticas mais recentes apontam que o processo de aceleração da renda será gradual em 2019: +1,20% no primeiro, +1,93% no segundo, +2,10% no terceiro e +2,77% no quarto. Por sua vez, a previsão para o PIB de 2020 caiu pela segunda semana seguida: de +2,78% para +2,75%.

Acreditamos que o consumo das famílias continuará sendo o principal motor da expansão da atividade econômica nacional em 2019, em linha com a melhora do balanço financeiro dos consumidores – queda da inadimplência e do endividamento – observados ao longo de 2017 e 2018, reforçada pela perspectiva de manutenção do poder de compra dos salários e de juros baixos. Para os demais componentes do PIB pela ótica da demanda, existem alguns pontos de estrangulamento que impedem uma retomada mais veloz. Pelo lado da formação bruta de capital fixo, os índices de confiança são capazes de antecipar o comportamento dos investimentos produtivos no futuro. Apesar da melhora significativa observada no período pós-eleitoral, ainda levará algum tempo até que novas obras, máquinas e equipamentos reverberem sobre a estrutura econômica. Além disso, muitos projetos, sobretudo vindos do exterior, seguem no aguardo da aprovação da reforma da Previdência.

No que tange ao consumo do governo, a grave situação das contas públicas, o ajuste fiscal em curso e a vigência da Emenda Constitucional que limita a expansão dos gastos públicos à inflação do ano anterior atuam para conter a expansão dessa variável. Por fim, as perspectivas para as exportações, após dois anos de forte crescimento da demanda externa, não são muito animadoras para 2019, em função da desaceleração econômica projetada para importantes mercados, incluindo China e Zona do Euro, bem como de algumas incertezas envolvendo a política monetária americana, a crise na Argentina, entre outras questões.

Com relação às demais variáveis, não houve alterações significativas. Enquanto a mediana do mercado para o IPCA acusa +3,89% em 2019, a estimativa própria da Assessoria Econômica da CDL Porto Alegre enviada para o Relatório FOCUS é um pouco mais baixa, de +3,74%. O quadro inflacionário benigno viabiliza a atual política de juros baixos para padrões brasileiros: a Taxa SELIC deve permanecer em 6,5% ao ano até abril de 2020. Existe, no entanto, uma parcela dos analistas que acreditam que os juros podem ser reduzidos ainda em 2019, como resposta à aprovação da reforma da Previdência e da recuperação letárgica da atividade econômica, que resulta em redução das pressões de demanda sobre os preços.

 

  • CAGED: RS tem a maior geração de emprego para o mês de fevereiro desde 2014

O Rio Grande do Sul gerou, em termos líquidos, 22.463 vagas em fevereiro de 2019, o que representa uma aceleração em relação ao mesmo período de 2018 (+13.423) e o melhor resultado desde 2014 (+27.591). Esse movimento foi disseminado entre todos os grandes setores, conforme a classificação CNAE 2.0, do IBGE, com destaque para os serviços (de +763 para +5.568 nessa base de comparação). Especificamente sobre o varejo, houve o fechamento de 1.282 postos em fevereiro de 2019. Mesmo no vermelho, trata-se do maior número desde 2014 (+1.569). Entre as subcategorias que geraram a maior contribuição negativa estão: vestuário e acessórios (-685), mercadorias em geral, sem predominância de produtos alimentícios (-185), calçados e artigos de viagem (-183) e farmacêuticos para uso humano e veterinário (-101). Já mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, hiper e supermercados evitou um recuo ainda maior, ao criar 138 vagas.

A melhora apresentada pelo CAGED em fevereiro no Rio Grande do Sul precisa ser vista com cautela, por conta do chamado “efeito-calendário”. Em 2019, o carnaval foi celebrado somente em março, ao contrário do ano passado. Logo, com o aumento do número de dias úteis no mês, abre-se espaço para a geração de mais empregos. Do ponto de vista do varejo, é necessário atentar para a sazonalidade típica do primeiro bimestre do ano. Nesse período, os estabelecimentos costumam demitir parte da mão de obra contratada temporariamente nos meses imediatamente anteriores.

O processo de retomada do mercado de trabalho gaúcho permanece alinhado à lenta recuperação cíclica da atividade econômica do Rio Grande do Sul no período pós-crise de 2015-2016. Vale lembrar que o Índice do Banco Central (IBC) do nosso estado, cuja utilidade é servir de aproximação (proxy) do PIB, cresceu apenas +1,9% no acumulado dos últimos 12 meses com encerramento em janeiro de 2019.

 

Data

02 abril 2019

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