Menos de 24 horas depois da divulgação da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que estabelece a rolagem de até três anos de dívidas de produtores gaúchos, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) e outras 11 instituições emitiram, nesta sexta-feira, 30, nota conjunta com propostas para o enfrentamento das dificuldades que atingem a agropecuária do Estado.
O texto aponta a ocorrência da “maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul – marcada por três estiagens consecutivas, enchentes extremas em 2024 e nova seca em 2025”, responsável por um “colapso produtivo, perdas econômicas irreversíveis e uma grave crise de endividamento no meio rural, com impactos diretos em toda a economia gaúcha”.
As medidas sugeridas incluem a prorrogação de dívidas rurais com juros controlados, conforme o Manual de Crédito Rural, mediante laudo agronômico; a securitização de obrigações vencidas e a vencer, vinculadas às perdas climáticas; a criação de um fórum técnico para elaboração de um modelo de gestão de crise, voltado a pequenos e médios produtores; e, finalmente, a mobilização da sociedade por políticas federais eficazes, com apoio ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e ao Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro/RS).
Além da Federasul, a nota é assinada por Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Sescon/RS, Associação dos Produtores e Empresários Rurais (Aper) Associação Rural de Pelotas, Centro Empresarial de Santiago e Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Rio Grande do Sul (Acergs).
Fonte: Correio do Povo
