Empresas abrem seleção de trabalhadores temporários para o Natal


Empresas abrem seleção de trabalhadores temporários para o Natal

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OUTUBRO, 2020

Notícias

Um Natal diferente em termos de protocolos, mas igual em desempenho. Esta é a expectativa dos empresários do varejo, principalmente os da Capital. “Mais do que nunca, esperamos que seja uma data especial, diferente, que representará uma forma de fecharmos o ano com menor prejuízo possível”, afirma o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse.

Para dar conta do atendimento aos consumidores no período que antecede o Natal, além de focar no cumprimento de protocolos de segurança, o setor deverá investir na ampliação das equipes. Ainda de acordo com Kruse, em Porto Alegre, 38% das lojas devem gerar empregos temporários para o final de ano e os dois primeiros meses de 2021. “É preciso cobrir as folgas dos demais colaboradores”, justifica Kruse.

Ainda, o dirigente afirma que as contratações já começaram e que há possibilidade de algumas empresas aumentarem as vagas deste período. “Muita gente que demitiu vai precisar reforçar as vendas, pois os horários serão estendidos e, desde domingo, as lojas passaram a funcionar também durante todo o final de semana.”

O presidente da CDL POA, Irio Piva, confirma a estimativa. “Em torno de 30% e 40% das empresas vão fazer contratação temporária para o final de ano.” Piva destaca que “neste momento” é difícil fazer análise mais ampla de expectativas para o varejo. “Por conta da interrupção das atividades do comércio, alguns fabricantes diminuíram a produção e hoje está ocorrendo falta de produtos, porque com a flexibilização a demanda aqueceu, mas aí ocorreu um desarranjo na cadeia”, explica.

Piva detalha que apesar da estimativa de que as vendas ocorram nos mesmos patamares de 2019, não será possível recuperar as perdas do setor após quatro meses de queda no consumo, por conta das atividades fechadas. “Mas existe uma demanda reprimida, por isso vamos apostar no período, inclusive mantendo o mesmo nível de contratações de temporários”, emenda o dirigente.

No ano passado, as vendas de final de ano tiveram um aumento médio de 4,2% frente a 2018, em lojas de vestuário, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos e bazares da Capital. São exatamente estes segmentos que agora precisam buscar o melhor desempenho possível. “Outros setores do comércio já estão aquecidos, como é o caso da construção civil, de pneus e de móveis”, compara o presidente da presidente da CDL POA. “O setor de vestuário e de calçados é o mais sofrido, com vendas girando em torno de 40% do volume alcançado no decorrer de 2019”, compara.

Com estoques em baixa, fabricantes e lojistas buscam agora solucionar o problema com substituições. “Já está ocorrendo uma reorganização do sistema produtivo, mas ainda assim a tendência é faltar produto no mercado”, comenta. Piva aproveita para destacar que as pessoas adiantem as compras, para garantir que irão encontrar o que procuram. O dirigente avalia que o aquecimento contou com a injeção de recursos do governo através de auxílio emergencial e liberação de FGTS. “Ajudou bastante e tem sido muito importante para a retomada gradativa das vendas no comércio.” Para o presidente da CDL POA, mesmo com a queda da economia brasileira, está ocorrendo uma “liquidez maior que no ano passado, com mais dinheiro circulando”.

Fonte: Jornal do Comércio – Edição impressa em 14 de outubro de 2020 | Foto: Fredy Vieira

 

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A CDL Porto Alegre reafirma seu compromisso em acolher as necessidades dos varejistas, auxiliando-os a transpor os entraves da disseminação do coronavírus. A Entidade tem a convicção de que a unidade do setor fará grande diferença neste momento tão delicado e de apreensão para todos. Com a atenção e a disponibilidade de cada empresário, para fazer a sua parte, o setor sairá ainda mais forte desta crise.

Data

14 outubro 2020

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