O governador gaúcho, Eduardo Leite, defendeu a privatização da área de saneamento e tratamento de esgoto em Porto Alegre e motivou as entidades lojistas que estavam no encontro na CDL Porto Alegre – CDL POA, Associação Gaúcha do Varejo (AGV) e SindilojasPOA -, a se movimentarem pela medida, na última segunda-feira (5).
Em sua fala, Leite disse que “mantém a determinação em concretizar a privatização da Corsan” e que não tem receio sobre as informações que os deputados da Comissão de Economia terão acesso, após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) retirar o sigilo do processo de venda da companhia.
“Estamos tranquilos em relação à análise que será feita. Não é o levantamento do sigilo simplesmente. É o compartilhamento das informações com a responsabilidade que os deputados têm de manejar estes conteúdos”, ponderou Leite, ao comentar sobre a recente decisão do TCE.
No encontro com entidades lojistas, o governador defendeu com contundência a privatização como caminho para assegurar o aporte bilionário para elevar a capacidade de fornecer saneamento básico e tratamento de esgoto no Estado. “Não há receio da parte do Estado. É a oposição sendo oposição”, reagiu Leite, à especulação sobre eventuais problemas no processo.
“Que faça a sua fiscalização, é seu papel, e não uma oposição destrutiva que quer apenas inviabilizar o negócio porque não concorda com o mérito do encaminhamento da privatização”, acrescentou o chefe do Piratini, citando a aprovação da Assembleia Legislativa e sua própria eleição ao segundo mandato como fatos que corroboram o apoio à privatização.
“A preocupação não é com a venda, mas em viabilizar os investimentos”, associou Leite. “Entendo que a sociedade deve buscar demandar que seja feito o processo. São 1,6 milhão de habitantes que geram esgoto para mananciais e rios. A Capital precisa fazer investimentos na forma direta pelo seu departamento (Dmae) ou, se não conseguir fazer, é o momento de fazer concessão”, argumentou o governador.
O prefeito porto-alegrense, Sebastião Melo (MDB), cogita um modelo de parceria com o setor privado, com concessão parcial da exploração do serviço.
Fonte: Jornal do Comércio – Edição Impressa em 06/06/23