A pesquisa tem sido até mais branda do que o resultado do PIB, o indicador oficial
A economia gaúcha recuou, em agosto, pela primeira vez desde março segundo o monitoramento do Banco Central. Foi a um patamar de 140,66 pontos, 0,5% abaixo de julho. Ainda está maior do que no primeiro trimestre, quando as quedas foram provocadas pelo início do reflexo da estiagem no Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS).
O setor de serviços, que vinha retomando negócios após reabertura da economia, caiu pela primeira vez depois de três meses de alta. O varejo vendeu um pouco mais, +0,4%, após dois meses de queda. Já a indústria teve leve alta de 0,1%, praticamente uma estabilidade, em um ano de altos e baixos no setor.
No ranking nacional elaborada pelo economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, vários Estados tiverem recuo em agosto sobre julho. Na média nacional, a queda foi de 1,1% no indicador que é chamado de prévia do PIB.
Frank pondera que segue o descolamento em relação ao panorama apresentado pelo PIB, o índice oficial da economia. A pesquisa do Banco Central tem se mostrado mais branda, enquanto o PIB aponta queda bem mais intensa da economia gaúcha.
– Diante do que aconteceu no setor primário (agricultura e pecuária) em função da estiagem, os dados do PIB retratam de maneira muito mais acurada a dinâmica da econômica gaúcha – acrescenta o economista.
Sobre agosto de 2021, a economia gaúcha cresceu 5,8%. No acumulado de 12 meses, fica estagnada, com zero crescimento, zero recuo, no indicador do Banco Central.
E para os próximos meses:
– Combinado com os primeiros sinais da atividade de setembro, estamos constatando um processo de desaceleração da economia brasileira que já era esperado.
No radar, temos pós-eleições, Copa do Mundo, Black Friday e Natal. No Rio Grande do Sul, a safra de inverno recorde, especialmente do trigo, começa a aparecer nos indicadores de outubro.
Fonte: Portal GZH
Colunista: Giane Guerra
