Dinheiro novo gira economia
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MARÇO, 2021
Notícias
No meio da tensão, o comércio se anima com os auxílios a famílias e empresas. Ontem, o governo gaúcho apresentou os valores que o Estado pagará a pequenos empresários de hotéis e restaurantes, além de trabalhadores desempregados do setor e também mulheres chefes de família. Já o governo federal, com a aprovação do orçamento, espera começar em abril o pagamento do novo auxílio emergencial e autorizar a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS.
O varejo chama isso de “dinheiro novo”, diferente de incentivo fiscal. O recurso entra no caixa da empresa e da família e já começa a circular. Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva lembra que medidas assim dão liquidez grande à economia porque são pulverizadas.
– É diferente de destinar os recursos a empresas de determinados setores. E mesmo que as pessoas gastem em itens de primeira necessidade da lojinha do seu bairro, o dinheiro segue circulando com pagamento de fornecedores, de salários, etc.
Economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank observa que, do “dinheiro novo”, R$ 79 milhões irão para empresas do Simples Gaúcho e microempreendedores individuais (MEI), que gastam no seu negócio, mas também com contas particulares. Os desempregados e as mulheres receberão outros quase R$ 21 milhões.
Presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski avalia que empresas usarão o dinheiro para saldar muitas dívidas atrasadas e as famílias devem gastar com comida, itens para casa ou de consumo pessoal.
– Para as lojas, é a oportunidade de repor produtos básicos. Um comportamento interessante é o uso dos auxílios para compra de produtos para revenda, o que gera renda à família.
Fonte: Jornal Zero Hora – Coluna Giane Guerra – Edição Impressa em 27/03/2021