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Destaques Econômicos CDL POA

Relatório FOCUS: as últimas previsões para a economia brasileira

PIB: o aumento levemente acima do esperado para o Índice do Banco Central (IBC) de atividade econômica em novembro de 2021 (+0,69% contra estimativa de +0,65%) não foi suficiente para alterar o prognóstico de crescimento em 2022 (+0,29%).

Preços: de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o IGP-10 apresentou alta considerável em janeiro (+1,79%). A causa fundamental da majoração no agregado foi o incremento no âmbito do atacado (+2,27%), em resposta ao encarecimento significativo do minério de ferro e da soja no período investigado. Entendemos que esse comportamento determinou não só a revisão do IGP-M (de +5,78% para 6,54%) como também do próprio IPCA (de +5,09% para +5,15%) em 2022.

Taxa SELIC: em questionário suplementar enviado aos agentes participantes do Relatório FOCUS, o BC adicionou perguntas a respeito de elementos que, na visão do COPOM, são capazes de interferir nos rumos da política monetária futura. As indagações versam sobre: (1) a quantificação de um possível impacto negativo da Ômicron no tocante ao Produto Interno Bruto de 2022; (2) a projeção para os juros americanos em 2022 e 2023; (3) os três riscos externos capitais para o BR; (4) a tendência de normalização da oferta internacional.

Taxa de câmbio: as últimas semanas registraram valorização do Real em comparação com o Dólar. Entre as razões que ajudam a explicar o fenômeno estão: (1) amplo diferencial de juros entre Brasil e EUA favorável ao primeiro; (2) sinalização do BC em perseguir as metas definidas para o IPCA nos próximos anos; (3) redução dos ruídos com o recesso do Congresso (Câmara e Senado). Todavia, fatores como as incertezas com o processo eleitoral e as preocupações com a dinâmica fiscal de médio e longo prazo seguem atuando para impedir ganhos mais expressivos da cotação.

 

Avaliação do Índice do Banco Central (IBC) de novembro de 2021

Definição: o IBC é composto por indicadores setoriais, além de variáveis sobre a ocupação, construção civil, entre outras. Trata-se de uma aproximação (proxy) do Produto Interno Bruto, ou seja, é um termômetro do nível de atividade.

Análise dos dados – BR: o aumento em relação ao período imediatamente precedente (+0,69%), após o ajuste sazonal, veio levemente acima do consenso dos especialistas sondados pela Refinitiv (+0,65%).

Puxado pela dinâmica de alguns importantes estados, como São Paulo e Santa Catarina, o Brasil havia registrado o menor patamar de 2021 em outubro – inferior, inclusive, ao pior momento da pandemia em termos de disseminação do vírus e hospitalizações, em março. Essa pequena base de comparação criou um efeito estatístico que naturalmente favoreceu o resultado no mês.

O grande destaque foi a expansão dos serviços (+2,4%), responsável por impulsionar o crescimento como um todo, enquanto o varejo ampliado também progrediu (+0,5%). Em contrapartida, a indústria teve ligeira queda (-0,2%).

Desempenho do RS: avanço superior à média nacional (+1,5%). A principal diferença ocorreu no âmbito do parque fabril, cuja alta foi de +1,2%, embora as vendas do comércio, considerando a integralidade dos recortes investigados pelo IBGE, tenham diminuído -2,0%. Por sua vez, o segmento terciário apresentou elevação de +1,7%.

Atualização sobre a conjuntura do Rio Grande do Sul – efeitos da estiagem

Por que monitorar a situação do campo é importante?

– O PIB do setor primário (apenas a parcela relativa à agropecuária) gaúcho respondeu por 8,6% de toda a economia do RS em 2019, de acordo com o DEE;

– Trata-se de uma razão muito acima da calculada para o Brasil (4,9%);

– Se considerarmos também os desdobramentos das atividades correlatas na indústria – máquinas e fertilizantes / defensivos, por exemplo – e nos serviços – transporte, armazenagem e distribuição –, o percentual no estado alcança 40% , contra 26,6% na média nacional, conforme estimativa da CNA.

Quais os impactos já conhecidos?

– Com base nas informações da EMATER/RS, os principais danos estão concentrados nas culturas de milho e de soja;

– No primeiro caso, as regiões administrativas de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa, Soledade e Lajeado acusaram prejuízos entre 45,01 e 65% no levantamento mais recente, em 06/01;

– No segundo, as quedas apontadas variam entre 3% a 26,5%, sendo maiores nos recortes de Soledade e Lajeado;

Vale lembrar que o conjunto de estatísticas retrata o cenário de momento, de modo que é possível que novos estragos sejam contabilizados ao longo das próximas semanas.

Data

24 janeiro 2022

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