Análise dos indicadores de conjuntura divulgados entre 16/05 e 20/05
1) IGP-10 de maio. Fonte: FGV.
→ Inflação registrou elevação de +0,10%;
• Dado veio abaixo das expectativas dos agentes de mercado consultadas pela Reuters (+0,35%);
• O subcomponente que captura a dinâmica no atacado, responsável por 60% do total, apresentou deflação de 0,08%, contra majoração de +2,81% na leitura anterior;
♦ Commodities agrícolas (-1,72%) e minerais (-3,17%) recuaram, em linha com os impactos dos lockdowns sobre os negócios na China oriundos da política de “COVID zero” adotada pelo governo;
• Já o índice voltado para o consumidor, cuja relevância é de 30%, atingiu +0,54%, desacelerando consideravelmente ante abril (+1,67%);
♦ Nesse caso específico, pesou o barateamento da tarifa de energia elétrica, decorrente da mudança da bandeira “escassez hídrica” para “verde”;
♦ Além disso, houve acomodação da gasolina (de 7,62% para 1,10%), pois, desde meados de março, a Petrobras não promoveu novos reajustes;
• Por sua vez, o termômetro da construção (10% da soma) passou de +1,17% para +0,74%;
2) IPC-S da segunda quadrissemana de maio. Fonte: FGV.
→ Os preços no âmbito das famílias cresceram a um ritmo mais lento: de +0,83% para +0,41%;
→ A difusão, que evidencia a quantidade dos itens pesquisados com alta, avançou de 76,8% para 77,1%;
• A estatística não dá sinais de arrefecimento, ou seja, a situação ainda é desafiadora;
3) Dívida bruta do Setor Público como proporção do PIB em março. Fonte: Banco Central.
→ Equivalente a 78,5% do PIB (queda de 0,8 ponto percentual em comparação com fevereiro);
• Em 2022, a retração acumulada é de 1,8 ponto percentual, em função: (1) do aumento do PIB nominal (-2,3 p.p.), fruto da retomada da atividade aliada ao efeito do encarecimento de bens e serviços sobre a arrecadação; (2) da valorização da taxa de câmbio (-0,8 p.p.); e (3) dos resgates líquidos, em virtude da menor necessidade de emissão dos títulos (-0,8 p.p.);
• A diminuição só não foi superior por conta da ampliação da taxa de juros (+2,0 p.p.);
→ Entendemos que os riscos fiscais permanecem tanto no curto prazo quanto no longo prazo.