As medidas recentes do governo federal, principalmente o programa Desenrola Brasil, para combater a alta inadimplência ajudaram a reduzir o percentual de consumidores com débitos em atraso ao menor nível em cinco meses, aponta a CDL Porto Alegre.
Os dados mais recentes do Indicador de Inadimplência apurado pela entidade apontam leve queda, com a menor taxa em cinco meses. O Estado registrou 30,5% em agosto, e a Capital, que está mas acima, 33,5% da população adulta com atrasados.
Em julho, o indicador bateu em 30,8% entre a população adulta em todo o território e em 34% na Capital, maior nível da série, em fevereiro de 2022. No Estado, junho assinalou o maior patamar, de 30,9% de adultos com algum tipo de atrasados.
Em fevereiro de 2022, os níveis eram bem menores: de 28,8% no Rio Grande do Sul e de 31,2% em Porto Alegre. Os dois dados são os mais baixos da série.
As duas situações estão abaixo de abril, quando o indicador engrenou em uma escalada de maior alta tanto no quadro estadual como na Capital. Em abril, os débitos se situavam em 30,8% no Estado, e 33,7% entre os porto-alegrenses.
Em julho, o acompanhamento, que usa dados da Boa Vista SCPC, mostrou patamar de 30,8% de fatia com situação negativada (para poder acessar crédito) por atraso de financiamento em lojas, cheque sem fundos, protesto ou ações judiciais.
Em nota, o economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, afirma que “o movimento da queda pode ser atribuído, em grande parte, à consolidação dos efeitos do programa federal Desenrola Brasil”. FRank indica que o maior efeito abrange a faixa 2 da iniciativa, que alcança a faixa de dois salários-minimos a R$ 20 mi. O programa teve início em meados de julho, com foco em renegociação e redução de volume de passivos.
“Os bancos estão oferecendo condições vantajosas para a renegociação de dívidas financeiras, além da retirada do cadastro de negativados dos débitos vencidos até R$ 100,00”, comenta o economista-chefe, na nota.
Considerando julho e agosto, a CDL-POA assinala que 35,7 mil pessoas no Estado e 4,4 mil na Capital deixaram a condição de negativado nos serviços de análise de crédito.
Fonte: Jornal do Comércio | Coluna Minuto Varejo – Patrícia Comunello