Copom define corte na Selic e taxa cai a 13,25% - CDL POA

Copom define corte na Selic e taxa cai a 13,25%

Redução de ontem foi a primeira desde 2020. Em comunicado, comitê prevê novos recuos para as próximas reuniões

A taxa básica de juros da economia brasileira baixou para R$ 13,25% ao ano. A decisão foi tomada ontem após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O corte de meio ponto percentual foi o primeiro desde agosto de 2020. A definição de ontem deverá representar o início de um ciclo de queda, segundo analistas. Para a reunião de setembro é esperada nova baixa de meio ponto, assim como para os encontros de novembro e dezembro, movimento que levaria a Selic a 12% no início de 2024. O encontro de ontem foi o primeiro com a presença de Gabriel Galípolo, novo diretor de Política Monetária do BC indicado pelo presidente Lula. Ele participou da reunião ao lado do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que vinha sendo criticado por causa do nível elevado do juro. Com a desaceleração da inflação, o governo federal e setores da economia têm pressionado o BC por redução.

“O corte sinaliza que estamos na direção certa. Um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos”, afirmou logo depois da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme nota do Banco Central, “votaram por redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Roberto Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram por uma redução de 0,25 ponto Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes”. A instituição ainda destacou no comunicado: “Os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

“O corte e as esperadas reduções no futuro devem aquecer o mercado de crédito, embora os impactos não sejam imediatos”, ponderou Irio Piva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. “Desde a última reunião do Copom o cenário econômico brasileiro avançou. Isso só foi possível devido à continuidade do processo de desinflação e fatores que impulsionaram a queda das expectativas de inflação, como manutenção das suas metas e aprovação da reforma tributária na Câmara”, disse Gilberto Petry, presidente da Fiergs, ao enfatizar que a decisão se justifica. Segundo destacou em nota a Fecomércio-RS, a definição é bem recebida. Ainda que muitos acreditassem em posição mais cautelosa, a queda de meio ponto sinalizou confiança. Iniciada em março de 2021, a escalada da Selic até o maior patamar teve o objetivo de conter o avanço da inflação. Doze altas seguidas resultaram na elevação dos juros básicos de 2% para 13,75% ao ano, nível atingido em agosto de 2022 e mantido até então.

Mesmo com primeira redução na Selic, o Brasil permanece no posto de campeão do mundo de juros reais, descontada a inflação (7,54%), conforme levantamento do site MoneyYou com 40 economias. A taxa real brasileira está acima do México (6,64%) e da Colômbia (6,15%), na sequência na lista. A média das 40 economias é de 0,84%.

Fonte: Correio do Povo
 

Data

03 agosto 2023

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