Comportamento dos preços no Estado tem a menor alta do país na prévia da inflação - CDL POA

Comportamento dos preços no Estado tem a menor alta do país na prévia da inflação

Índice da primeira metade de fevereiro costuma ser influenciado por reajustes escolares, mas descolamento da região metropolitana de Porto Alegre está relacionado com os transportes

Cursos regulares, que incluem taxas escolares e universitárias, subiram 6,1% e os diversos avançaram 2,4%. Ronaldo Bernardi / Agencia RBSO tradicional, e já esperado, reajuste das mensalidades escolares e de universidades ajudou a puxar a prévia da inflação oficial do país mediada pelo Índice Nacional de Preços Amplo 15 (IPCA-15) para cima. Além dos cursos regulares, que incluem taxas escolares e universitárias (+6,1%), os diversos, a exemplo das aulas de idiomas, avançaram 2,4%.

O indicador, que considera a segunda metade do mês anterior e a primeira do vigente, subiu 0,78% em fevereiro e ficou 0,47 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,31%), acumulando alta de 4,49% em 12 meses. O resultado veio pouco abaixo do esperado pelo mercado, que projetava elevação de 0,83%.

No entanto, o que chamou mesmo a atenção foi o comportamento dos preços no Rio Grande do Sul. Isso porque a alta apurada na região metropolitana de Porto Alegre foi a menor entre as 11 consideradas para a pesquisa do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com 0,11%, o que equivale a 0,67 pontos percentuais a menos do que a média nacional e 0,96 pontos percentuais inferior à taxa mais alta registrada em Goiânia (1,07%).

Os motivos para o descolamento gaúcho passam pelo setor de transportes, grupo que sozinho ostenta 21% de peso no indicador. Para se ter uma ideia, por aqui, a gasolina caiu 1,59%, enquanto no Brasil aumentou 0,84%. Outro exemplo: as passagens aéreas despencaram 10,56% no país, mas em Porto Alegre a queda foi ainda mais acentuada (16,59%).

De alguma maneira, a retirada da Hurb e da 123 Milhas reacomodou o mercado e teve efeito ampliado no Sul, explica Oscar Frank, economista-chefe da CDL-Poa. Já nos combustíveis, a pressão vem do retorno da cobrança do ICMS com a chamada alíquota ad-rem (que é fixada por um valor em reais, e não sobre um percentual do valor do imposto), que começou a valer em todo o país no dia 1°. Desta vez, as justificativas não são claras, mas o item recebeu menor impulso no RS.

Leitura neutra com viés positivo Outros fatores de destaque na composição da prévia da inflação em fevereiro foram alimentação e bebidas. Isso porque o mercado esperava por sobressaltos mais agudos e, na prática, foram verificadas altas aquém das estimativas.

Esse foi um dos elementos que concederam ao resultados divulgado nesta terça-feira (27) uma “leitura neutra, com viés positivo”, conforme assinala o economista da XP, Alexandre Maluf. Ele também aponta para surpresas positivas nos núcleos inflacionários dos serviços e da indústria, ambos percebidos sempre com mais atenção pelo Banco Central para definir estratégias de política monetária que contemplem a elevação dos juros.

Fonte: GZH

 

Data

27 fevereiro 2024

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