Comércio gaúcho está otimista com a Black Friday
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NOVEMBRO, 2020
Notícias
Apesar dos reflexos da pandemia do coronavírus, o setor do varejo no Rio Grande do Sul, e particularmente na capital gaúcha, tem uma projeção positiva para as vendas na próxima Black Friday (data em que a lojas praticam uma campanha de descontos), marcada para 27 de novembro. A perspectiva é que o desempenho do evento seja semelhante ao do ano anterior ou até mesmo ligeiramente superior.
O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, destaca que a expectativa é muito grande. “É o momento de renovar estoques, de praticar promoções, o consumidor espera isso e é o que vamos fazer”, afirma. O dirigente lembra que a Black Friday vinha crescendo a cada ano e espera agora um desempenho, no mínimo, igual ao de 2019.
De acordo com o Sindicato, lojistas pretendem admitir empregados temporários para o fim deste ano. Kruse diz que datas como a Black Friday e o Natal incentivam essa movimentação. A média de duração dessas contratações é de 63 dias, no entanto o dirigente acredita que boa parte desse pessoal será efetivado, pois os estabelecimentos estão operando com horários reduzidos e assim que normalizar a operação o quadro de funcionários terá que ser expandido. O dirigente calcula que 9 mil vagas foram fechadas durante a pandemia no comércio de Porto Alegre e em torno de 7 mil delas devem ser recuperadas até o final do ano.
Também otimista com a Black Friday, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL POA) de Porto Alegre, Irio Piva, aponta que se verifica atualmente uma reação do mercado. Porém, um receio do dirigente é que possa faltar algumas mercadorias já que, com a pandemia, muitas indústrias reduziram a produção, o que pode afetar o comércio na ponta.
Piva acrescenta que as pessoas estão ávidas por consumir e a Black Friday tem muito o cunho digital, sendo que quem não procurava esse modo de compras, com a questão do coronavírus, aprendeu a usar a ferramenta. “Temos uma massa de consumidores comprando no online muito maior do que tínhamos antes da pandemia ou, no caso, da Black Friday de 2019”, argumenta.
O presidente da CDL POA acrescenta que, muitas vezes, em situações de promoções, as pessoas se permitem “o luxo” de adquirir produtos de maior valor agregado. Ele estima que a performance do comércio nesta Black Friday possa superar a do ano passado, sendo possível um crescimento de 5% a 10%. Para o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a data vem ganhando lugar no calendário de consumo do brasileiro, mas esse ano o maior volume de negócios deverá estar na internet. “A pandemia mudou hábitos e certamente vai marcar um ano histórico para o e-commerce”, projeta. Bohn frisa que os lojistas, especialmente os menores, precisam entender isso e se preparar para aproveitar esse novo cenário.
O dirigente adverte que o dólar mais alto e os estoques mais baixos podem limitar os descontos oferecidos, por isso, os lojistas devem procurar formas alternativas de chamar a atenção do consumidor. O presidente da Fecomércio-RS ressalta que, apesar do desemprego em alta e do aumento do preço dos alimentos pressionar o orçamento das famílias, reduzindo o potencial de consumo, a poupança das classes média e alta formada durante o período recente pode impulsionar as compras na Black Friday.
Fonte: Jornal do Comércio | Foto: Luiza Prado
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A CDL Porto Alegre reafirma seu compromisso em acolher as necessidades dos varejistas, auxiliando-os a transpor os entraves da disseminação do coronavírus. A Entidade tem a convicção de que a unidade do setor fará grande diferença neste momento tão delicado e de apreensão para todos. Com a atenção e a disponibilidade de cada empresário, para fazer a sua parte, o setor sairá ainda mais forte desta crise.