Vendas crescem nas vésperas das celebrações e setor deve superar números de 2019.
O retorno dos encontros com familiares de diferentes núcleos e das festas de confraternização foram o grande impulsionador do comércio neste Natal. A data ultrapassou as vendas do mesmo período em 2019, ano anterior à pandemia, superando as expectativas dos lojistas.
Segundo o presidente da CDL POA, Irio Piva, o setor esperava um Natal de estabilidade, mas os últimos dias foram melhores do que o previsto, o consumidor aproveitou o décimo terceiro para quitar as dívidas, não deixando de garantir os presentes da família. “Ouvimos muitos segmentos e a movimentação nos dias anteriores à data foi bastante forte, inclusive para lojistas que tradicionalmente não apresentam grande incremento de vendas no período. As pessoas compraram mais do que normal, presenteando um número maior de pessoas”, detalhou o dirigente.
Outro fator que aqueceu o cenário para os comerciantes, foi a possibilidade de os consumidores contarem com uma renda extra no fim do ano, como o décimo terceiro salário. Nesse sentido, um tipo de presente que chamou atenção dos lojistas foram as viagens, que estiveram entre o presente dos sonhos neste Natal. “Segundo nossa pesquisa, muita gente está pedindo ou comprando viagens para presentear. Isso pode ter relação com o fim das restrições da pandemia e ao incremento da renda no período”, afirmou Piva.
O valor gasto com os presentes, no entanto, não deve subir verdadeiramente este ano. “Pode aumentar por conta da inflação, mas as pessoas continuam dando mais acessórios, roupas, não acredito que terá um ticket médio maior por conta de presentes mais caros, como eletrônicos”, expressou o presidente da CDL POA, Irio Piva.
Este ciclo positivo tem gerado também outras novidades para o comércio, como o aumento nas vagas temporárias para dar conta dos shoppings e lojas lotadas, e um novo impulso pós-data, com a troca dos presentes. Por conta disso, o comércio pode esperar mais um rescaldo de Natal e um incremento nos resultados até a primeira semana de janeiro. “O período do Natal é a melhor época do ano para o comércio”, afirma Piva.
Ainda, na avaliação da Entidade, diante do cenário comportamental do comércio da Capital, os resultados exitosos partem de uma percepção geral do setor. Alguns segmentos mais dependentes do crédito, como micro e pequenas empresas, que naturalmente têm menor capacidade de negociação, podem não ter performado tão bem.
