CDL POA e Sindilojas Porto Alegre realizam painel com candidatos à prefeitura da Capital


CDL POA e Sindilojas Porto Alegre promovem painel com candidatos à Prefeitura da Capital

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OUTUBRO, 2020

Notícias

Na noite desta segunda-feira (19), a CDL POA e o Sindilojas Porto Alegre reuniram candidatos à Prefeitura da Capital para debaterem suas propostas acerca do desenvolvimento do varejo. O objetivo do evento intitulado ‘Ações e propostas para o comércio’ foi trazer luz aos anseios dos mais de 20 mil lojistas de Porto Alegre representados pelas Entidades, assim como de suas associadas e empresários em geral, a partir da apresentação dos planos de atuação dos postulantes ao Executivo municipal.

A partir de seis perguntas preestabelecidas, os candidatos tiveram dois minutos para respondê-las. Com mediação de Luiz Fernando Muñoz, participaram do painel: Gustavo Paim (PP), José Fortunati (PTB), Juliana Brizola (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Sebastião Melo (MDB) e Valter Nagelstein (PSD).

Dentre os temas que impactam diretamente o comércio, estiveram em pauta: o horário de funcionamento; o combate ao comércio informal; a liberação de ambiente de negócios; a transparência; as parcerias para o turismo; e o equilíbrio fiscal.

Para abrir o Painel, os presidentes das entidades agradeceram a participação dos candidatados. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, elogiou o bom nível da troca de ideias e pediu que quem conquistar a prefeitura pense no futuro de Porto Alegre e não no seu próprio futuro político. O presidente da CDL POA, Irio Piva, lembrou que os setores do comércio e serviços representam 70% do PIB da cidade e que a recuperação no pós-pandemia será fundamental para a geração de emprego, renda e justiça social.

Saiba como responderam os candidatos aos questionamentos no Painel:

1. Horário de Funcionamento
A liberdade para empreender está diretamente ligada aos horários de funcionamento e ao trânsito de pessoas. Entendendo as particularidades restritivas de uma pandemia, que inclusive restringiu os horários de funcionamento do transporte público, O que pode ser feito para garantir a abertura do comércio e otimizar os horários de funcionamento do comércio e do transporte público?”

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
O candidato defende as atividades econômicas a partir de um equilíbrio entre abertura do comércio e segurança. Ele ressalta que a restrição de ônibus acaba por gerar mais aglomerações e diz que os lojistas foram os heróis durante a pandemia. Promete manter as empresas funcionando e os hospitais abertos.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
Manuela destaca que, no início da pandemia, escreveu cartas ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., para, como cidadã, participar de uma mesa de debates a fim de buscar soluções ao enfrentamento da crise provocada pelo novo coronavírus. A candidata apresenta dois compromissos, o primeiro, diálogo permanente para pactuar soluções e, a seguir, estabilidade nas decisões. Para a Covid-19, imagina fazer a gestão própria da vacina e testagem, por meio de uma solidez política entre economia e saúde.

JULIANA BRIZOLA (PDT)
O compromisso de diálogo permanente com o setor é a principal promessa da candidata. Para ela, não há justiça social sem emprego e renda, e Porto Alegre precisa agir para facilitar o desenvolvimento. Entre suas soluções, está expandir os horários de funcionamento dos ônibus para garantir o distanciamento social; melhorar a segurança dobrando as câmeras de monitoramento integrado com a prefeitura; incentivos no IPTU.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
O candidato e atual prefeito diz que foi eleito para fazer mudanças e deixar de lado o populismo e a corrupção. Relembra que se reuniu com o setor do comércio inúmeras vezes durante a pandemia, e que antes da crise, em 2019, seu governo obteve o menor índice de desemprego entre todas as capitais. Segundo ele, não houve pacientes sem atendimento em Porto Alegre, e a cidade obteve o melhor resultado no País em relação à pandemia. O município é exemplo em testagens. Ressaltou que já liberou o ensino e está liberando os eventos, que ajudarão no comércio.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
Para o candidato, são os comerciantes que devem resolver seus horários de funcionamento. A prefeitura deve resolver o transporte coletivo. Melo diz que irá repactuar a licitação de 2015 atendendo o transporte por turno. Ele entende que bares e restaurantes devem que ter mais liberdade com segurança e iluminação. Para ele, a cidade não tem tempo para esperar, pois, sem desenvolvimento econômico, não há políticas públicas e sociais.

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
Fornunati destaca que a situação vivida hoje é dramática, e traz como consequência questões fundamentais para a economia. A pandemia trouxe desamparo e angústia. O candidato diz olhar para 2021 sem negacionismos nem fundamentalismos, achando que só a Covid interessa. Não há contradição entre saúde e economia. A Covid deve ser combatida e menciona o ‘FunCovid’ para colocar a vacina à disposição da população. Segundo ele, não haverá retrocesso, mas a retomada do diálogo, construindo as soluções adequadas.

GUSTAVO PAIM (PP)
O candidato garante que o horário de funcionamento do comércio preocupa muito, e que a cidade passou por muitas restrições. Ele relembrou as datas em que as lojas tiveram que permanecer fechadas na Capital e ressaltou que a variação e a instabilidade agravaram muito a situação dos moradores. Segundo ele, há crianças nas sinaleiras e muitas placas de “aluga-se” ou “vende-se”. Respeitando os protocolos, promete uma organização estável sem o abre e fecha do comércio.

2. Combate ao Comércio Informal;
A livre competição é um dos pilares da eficiência do setor privado, no entanto, esta competição deve acontecer em igualdade de condições para proteger o comércio legal e formal. Por isso perguntamos: Quais ações e medidas você tomará para coibir o comércio ilegal e informal?

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
O candidato relembra que dividiu os desafios com as entidades representativas do setor em várias reuniões. Para o enfrentamento, de forma organizada, através de pesquisas, identificaram de onde vinham essas pessoas, suas culturas. Ele lembra que há uma crise social mundial e que o número de apreensões de mercadorias ilegais recebeu grande incremento em sua gestão. Lembra, ainda, que pretende buscar regularização para os autônomos e que a cidade nunca teve policiais tão bem integrados como em sua gestão.

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
O candidato relata sua experiência enquanto secretário de governo, quando foi consolidado o camelódromo e manteve o Centro ‘limpo’. Sua promessa é recuperar este feito e coibir esta concorrência desleal. Estas ações irão preservar empregos junto aos comerciantes.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
Para o candidato, o tema do comércio ilegal é muito complexo. Acredita que a solução venha do microcrédito e da preparação formal. O comércio ilegal não pode ser resolvido por decreto. Lembra que deve ser retomado o projeto em que a inteligência começava a funcionar desde a fronteira e chegava ao depósito. O desemprego é grande, a imigração é uma realidade do mundo. Melo prometeu enfrentar o problema com humanismo e pulso firme, dando oportunidades e, aí, sim, coibir.

GUSTAVO PAIM (PP)
Quem anda pelo Centro vê pessoas em situação de rua, placas de “aluga-se” e “vende-se”. Para o candidato, ‘temos que agradecer quem empreende em Porto Alegre’. Segundo ele, é uma cidade burocrática, e empresas acabam indo estabelecer-se em outras praças. Para ele, Porto Alegre deve respeitar quem gera renda e evitar uma concorrência ilegal, que tem que ser combatida. Entre suas soluções, está desburocratizar e incentivar, gerando um ambiente amistoso para o empreendedor, criando oportunidades e a formalização.

JULIANA BRIZOLA (PDT)
Fundamental agir de forma firme, pois a crise econômica aumenta esse tipo de prática. Para Juliana, todas as medidas serão paliativas se não houver investimento no desenvolvimento. Para isso, um grande plano de obras públicas e incentivo à construção civil, setor que mais emprega. Ela também acredita no investimento público nos produtos e serviços da economia local. Para Juliana, deste modo, a Prefeitura pode alavancar a economia. A qualidade de vida com emprego e renda, facilitando o desenvolvimento. A candidata diz que sua marca é o diálogo.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
A candidata relembra que o País atravessa a maior crise econômica da história, que se agravará com o fim da assistência emergencial. Para ela, o trabalho e a renda devem estar no centro da administração política. O crime organizado deve ser combatido, e a população deve ter trabalho e renda. “Quem lucra com os trabalhadores expostos nas ruas deve ser combatido”. A candidata também sugere que a Secretaria da Fazenda ajude no combate do crime organizado. Trabalho e renda para quem precisa e enfrentar os criminosos.

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
Para Fortunati, é unanimidade a angústia em relação à catástrofe econômica na vida das pessoas enquanto se vive esta pandemia. Porém, isso não justifica a concorrência desleal. O candidato fala em coibir todas as ramificações do contrabando e tratar da questão social. Entre os caminhos, o microcrédito e de outros recursos de sua gestão passada, como incentivo à construção civil e reciclagem de computadores. O assunto será tratado de forma distinta, sem passar panos quentes na concorrência desleal que acontece na cidade.

3. Liberação de Ambiente de Negócios
Para se formalizar, instalar-se, funcionar e vender, uma empresa necessita de uma série de atos públicos de liberação (alvarás, licenças, autorizações, registros de propriedade, concessões etc.) que são de competência municipal e moldam o ambiente de negócios local e são essenciais para abertura e atração de empresas. Quais as mudanças você propõe para agilizar, desburocratizar, e atrair novos empreendimentos para Porto Alegre?

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
Porto Alegre é extremamente burocratizada defendeu o candidato ao contar como, em sua gestão, diminuiu o tempo para abertura de empresas de grande e pequeno porte. Para a aprovação de projetos, sugere o credenciamento de escritórios com reconhecimento público para as funções. Deste modo, a cidade ajudará os empreendedores a trabalhadores. Segundo ele, esse problema é enfrentado há anos, e agora haverá mais força e vigor para que o empreendedorismo possa acontecer. Desburocratizar é a saída para gerar emprego e renda, para o comércio, o serviço e a tecnologia.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
A cidade vinha em um bom caminho, se recuperando da falência e da corrupção. No final de 2019, Porto Alegre obteve o segundo menor índice de desemprego, entre todas as capitais. O candidato ressalta que já existem atividades que não têm necessidade do alvará e que a prefeitura tem priorizado investimentos em até um ano. Há habite-se declaratório para até 200 serviços de forma digital e está na Câmara de Vereadores o licenciamento autodeclaratório na área ambiental.

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
O candidato destaca que a crise só não é maior devido ao auxílio do Governo Federal. Ele promete operar programas voltados para a desburocratização. Entre seus feitos, enquanto participante do governo, operou programas de microcrédito, mas que apenas ações pontuais não resolvem. Promete novos e melhores destinos para Porto Alegre.

JULIANA BRIZOLA (PDT)
Embora a cidade já tenha tido uma evolução no tempo de alvará, ainda precisa melhorar. A candidata menciona projeto Sala do Empreendedor, um local de incentivo para a abertura de novos empreendimentos. Promete ainda estratégias de atração de investimento de alta tecnologia e um balcão de negociação entre a municipalidade e o empreendedor.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
A candidata promete não deixar projetos pendentes na Câmara de Vereadores ao final de seu mandato. Sem articulação e diálogo, as mudanças não acontecem. Porto Alegre é uma cidade de serviços, e o poder público precisa andar junto. Manuela promete adiar o aumento do IPTU no ano que vem, pois acredita não ser justo com os empresários que sofreram tanto durante a pandemia.

GUSTAVO PAIM (PP)
É importante separar a teoria da realidade, por isso, o candidato ressalta que a liberdade econômica é do executivo. “Todos sabemos o quanto a cidade é burocrática, morosa”, afirma. Promete um ambiente de liberdade economia com prazos para todos. Para ele, o tema não está resolvido em Porto Alegre e, para quem quer empreender, a cidade é hostil. É necessária uma melhora no ambiente tributário.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
O candidato destaca que dará continuidade a tudo que estiver dando certo. Promete fazer uma limpeza na legislação e que os prazos deverão correr contra a prefeitura. Ele aponta que o IPTU tem mais cinco aumentos programados pela frente e que irá propor a suspensão dos destes próximos aumentos. Sugere também uma fiscalização orientadora, sem sair multando.

4. Transparência
Quanto maior for o grau de abertura e transparência dos dados, das avaliações e das projeções de resultados de gastos e ações do Poder Público municipal, maior será o entendimento, a contribuição e o apoio da população para a escolha das políticas públicas de impacto no comércio e inclusive para atração de investimentos e incentivo ao desenvolvimento econômico. Quais ações de transparência Porto Alegre precisa incentivar ou criar?

GUSTAVO PAIM (PP)
Para Paim, a administração pública deve estar no século 21 de fato. Propõe um governo aberto com inovação, transparência e controle social. Sem transparência, não tem como empoderar a população. O primeiro ponto é trabalhar dados abertos de maneira simplificada de facilitada. Quem faz uma pesquisa no portal de transparência da prefeitura sabe. É necessária a simplificação de dados e a integração dos sistemas. Administração serve para prestar serviços para o cidadão.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
Marchezan Jr. ressalta a qualidade da transparência da municipalidade de Porto Alegre. Destaca que o orçamento da cidade é de R$ 7 bi e de 15 mil funcionários e que a corrupção é combatida. Confirma 100% na transparência dos dados, que são abertos e de acesso facilitado. Ele destaca que não foi possível retirar a exclusividade da Procempa pois a Câmara de Vereadores não permitiu.

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
O candidato afirma que, em sua gestão, recebeu nota 10 do Ministério Público Federal pela transparência. Afirma que, em seu governo, houve uma grande evolução no tema. Fortunati afirma que avançará muito na transparência em sua gestão.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
A candidata conta que, entre os anos de 2016 e 2017, cursou um mestrado em Políticas Públicas e que buscou os dados da transparência da Capital. Segundo ela, as informações não são apresentadas de modo que o cidadão consiga compreendê-las. As informações devem ser públicas e compreensíveis. Para Manuela, a participação e a transparência caminham juntas.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
Para o candidato, o gestor que mostra seus dados governa melhor. Ele destaca que a Procempa é uma ‘caixa preta’, concebida nos anos 1970. Para ele, a transparência está na essência da democracia e é fundamental para uma gestão.

JULIANA BRIZOLA (PDT)
A transparência pública sempre será um tema importante. O gestor deve estar atento ao mal uso dos recursos públicos. A candidata promete uma transparência em tempo real, por meio de um aplicativo. Promete também publicar uma lista dos maiores devedores do município. Em sua autuação parlamentar, propôs uma análise dos dados de renda dos agentes públicos. Defende também o fim do imposto de fronteira.

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
O candidato afirma que o tema da transparência lhe é muito caro. Promete transparência total e corrupção zero.

5. Parcerias para o Turismo
O Turismo constitui meio importante para promoção e exportação do comércio e serviços da cidade, atraindo demanda externa e ainda impulsionando demanda interna. Quais ações a prefeitura tem que tomar para impulsionar o turismo?

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
O candidato pergunta como a cidade ficou oito anos sem definir um local para o seu Centro de Eventos. Segundo ele, a cidade perdeu recursos. Hoje, o setor de eventos sofre muito. Este é um setor é muito importante. Em sua gestão, promete definir um local, buscar recursos, garantir a revitalização do Cais Mauá. Existe um grande setor de eventos em Porto Alegre e ele movimenta as lojas, os hotéis e os restaurantes.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
O Prefeito confirma que, no primeiro ano de seu mandado, sugeriu um imóvel para o Governo Federal, com o objetivo de torná-lo o Centro de Eventos. Destaca, ainda, que todas as entidades do setor participaram do conselho do Centro de Eventos. Porto Alegre chegou a ter três mil eventos licenciados, uma ocupação de 57% dos hotéis. Ações estão sendo feitas para melhorar esses números com inúmeras Parcerias Público-Privadas (PPPs).

JULIANA BRIZOLA (PDT)
Juliana propõe um aplicativo para facilitar a vida do turista em Porto Alegre, com uma rota dos bairros, para que o visitante usufrua dos serviços de toda a cidade, gerando emprego e renda. Promete a continuidade das obras da orla e lembra que foi Leonel Brizola o responsável pelo aterramento da região da orla. Promete, ainda, a criação de um polo gastronômico no Cais Mauá.

GUSTAVO PAIM (PP)
O candidato aponta que o Turismo é uma das prioridades. Porto Alegre possui muitos atrativos. Ele sugere um maior aproveitamento do turismo náutico, da beleza da orla, da área rural, das microcervejarias e do turismo de saúde por meio de parcerias com a iniciativa privada. Menciona ainda o turismo do futebol e Porto Alegre ‘stop over’ para turistas que vêm à Serra.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
Porto Alegre é uma cidade bonita e cheia de atrativos. O candidato promete melhorar as entradas da cidade, por meio do embelezamento arquitetônico. Também prevê a conclusão das obras do mercado público. Relembra do evento Noite dos Museus e seu sucesso. Sugere pintar o Centro de Porto Alegre. Ressalta que a cidade possui uma gastronomia imbatível e que a orla elevou o astral da cidade. Aponta ainda que a cidade disputa muito bem o turismo de negócios e que o setor será o carro-chefe de sua gestão. Apoia que o Centro de Eventos seja construído no Quarto Distrito.

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
O turismo é essencial para a cidade, seus eventos e shows são grandes atrativos. Aproveitar o turismo da cultura e o ambiental já deu muito certo. Em sua gestão, foram demarcadas as áreas rurais, para preservá-las da exploração imobiliária. Também foram obtidos os recursos para as fases um e três da Orla. Ele propõe uma parceria com todas as áreas e relembra que, em sua gestão, havia um secretário municipal do turismo com resultados fabulosos, que foram perdidos no tempo.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
A candidata propõe iniciar a retomada do setor a partir do trade local, por exemplo o turismo rural, para que as pessoas que deixam de viajar para fora de Porto Alegre invistam seus recursos aqui. Transformar o Carnaval de Rua da cidade, para que deixe de ser visto como criminoso, a exemplo do que fez São Paulo, gerando trabalho e renda para a população. Diz ser necessário investir na cultura e disputar, ao menos, uma noite do turista que vem visitar a Serra. Incentivar a gastronomia e as microcervejarias.

6. Equilíbrio Fiscal
Para que a administração pública cumpra seu papel de oferecer serviços públicos de qualidade, é necessário estabelecer equilíbrio financeiro de longo prazo. Para que isso aconteça, o controle de despesas da administração pública precisa ser aberto e de fácil localização. Quais as suas medidas para que a prefeitura mantenha um bom equilíbrio fiscal?

VALTER NAGELSTEIN (PSD)
Perseguir o equilíbrio fiscal é um mandamento de sua candidatura. Concluir as obras da Copa, colocar o Mercado Público em pé, terminar as obras em torno da Arena. Cuidar pessoalmente das operações tapa-buraco da cidade, cuidar da educação e da saúde. Colocará de pé o InvestPoa, um fundo de participação de investimentos, usando imóveis da prefeitura, trazendo recursos para dentro da gestão. Visão nova de desenvolvimento econômico e não um entrave.

GUSTAVO PAIM (PP)
O equilíbrio fiscal deve gerar mais investimentos para a cidade, isto faz falta. Para o candidato, deve-se ter muito controle nas despesas, não para si, mas para entregar o que a sociedade merece. É fundamental ter criatividade e buscar investimentos na cidade de modo a promover mais qualidade de vida entre seus habitantes.

SEBASTIÃO MELO (MDB)
O equilíbrio fiscal é essencial a fim de que a cidade possa buscar empréstimos para as obras que a cidade necessita. Ano que vem a cidade deverá perder com a arrecadação de ICMS. Em janeiro, não haverá mais repasses do Governo Federal. A solução é ir para a coluna de despesas. A cidade teve quatro mil servidores aposentados, as tecnologias precisam melhorar, a arrecadação também. A Previdência também vai requerer R$ 1,5 bi. Para Melo, a questão tem que ser enfrentada com muita profundidade, a população vai ter que ajudar a apontar caminhos.

JULIANA BRIZOLA (PDT)
A candidata promete um olhar cuidadoso com as despesas do município. Para ela, o equilíbrio fiscal não poderá estar acima das pessoas. Os serviços públicos não serão precarizados e haverá uma busca com olhar no desenvolvimento do emprego e da renda. A prefeitura deverá comprar e contratar bem, não pode gastar com limpeza de bueiro que não existe. Isso se dá com transparência e bom gerenciamento dos recursos. O foco da gestão será nas pessoas e na melhora gradual da vida dos porto-alegrenses.

JOSÉ FORTUNATI (PTB)
Fortunati ressalta que em sua gestão, quando prefeito, enfrentou uma grave crise financeira e que foi feito um trabalho para preservar a saúde econômica da cidade. Ele afirma que seu governo foi extremamente responsável em relação ao equilíbrio fiscal e, por isso, conseguiu-se recursos federais para a Orla e para a Educação. Mesmo com a crise, sua gestão manterá o equilíbrio fiscal.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)
Esta questão é a mais importante para cuidar das pessoas da cidade. O candidato parabeniza os promotores do Painel pela pergunta. Ele mostra gráficos para provar que assumiu o governo com déficits. O atual prefeito e candidato mostra que Porto Alegre foi a única capital do País, em 2016, a fechar no vermelho, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional. Por isso, afirma, sua gestão saiu de 37 secretarias para 15 e cortou CCs. Após mencionar aumentos de despesas com pessoal, em gestões anteriores, afirma que reduziu R$ 135 milhões por ano.

MANUELA D’ÁVILA (PCdoB)
A candidata afirma que, desde 2013, Porto Alegre tem um balanço fiscal equilibrado, fruto de malabarismos contábeis. A prefeitura apresenta o pior volume de investimentos públicos que gera um grande déficit social. A candidata fará uma gestão do caixa equilibrada e eficiente e voltará a investir em educação, saúde, assistência social para que os investimentos possam acontecer. Por exemplo, Manuela cita os moradores de rua, como enfrentar o problema? É necessária uma política de assistência social que requer investimentos públicos, ou seja, para melhorar a cidade os investimentos devem acontecer. Finaliza afirmando que não acredita no discurso que Porto Alegre viveu uma crise na realidade não viveu.

 

A CDL POA e o Sindilojas Porto Alegre realizaram este evento para aproximar as propostas dos candidatos participantes aos empresários do comércio e varejo da Capital. Esperamos que os empresários possam aproveitar esse conteúdo para ajudar na tomada de decisão e escolha de seu candidato para votação à prefeitura de Porto Alegre. A Entidade sempre busca o diálogo e a proximidade com os governantes com o objetivo de atender as pautas, pleitos e necessidades de nossas associadas.

Irio Piva – Presidente da CDL Porto Alegre

 

Assista ao painel completo:

 

Data

22 outubro 2020

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