Irio Piva afirma que isenção tributária ao e-commerce internacional causará a perda de milhares de empregos
Piva abordou o tema “A influência dos sites asiáticos no comércio brasileiro”. Segundo Piva, se não acontecer uma mudança de atitude por parte do governo federal a tendência no Brasil será a perda de milhares de empregos e a perda de renda na indústria e no varejo. “Como empresário a gente nunca defende impostos, mas somos a favor da isonomia para todos”, destacou. O presidente da CDL Porto Alegre disse que a entidade alertou o governo federal sobre a concorrência desleal. “A União acabou cedendo porque a grande base eleitoral está interessada que a sociedade faça compras sem impostos. Agora, quando precisamos de saúde, educação e segurança são os impostos gerados por nós empreendedores brasileiros que garantem todos esses serviços”, ressaltou. De acordo com Piva, há um desestímulo da indústria e do comércio brasileiro em detrimento de outros mercados estrangeiros.
“Estamos deixando de gerar emprego e renda no nosso país para gerar em outros mercados internacionais. Os empreendedores brasileiros são a favor de tratamento igualitário”, acrescentou. Conforme ele, os empresários brasileiros estimulam a livre concorrência, mas em condições de igualdade. “Se os estrangeiros, estiverem dispostos a pagar os mesmos impostos que nós pagamos não tem nenhum problema. E, neste caso, o consumidor vai escolher o que é melhor”, explicou.
Piva defendeu a taxação de todas de importações chinesas no mesmo moldes que a indústria e o comércio local pagam. Em 2022, os gastos dos brasileiros com artigos importados de pequeno valor – classe que inclui plataformas como AliExpress, Shein e Shopee foram de US$ 13,1 bilhões – cerca de R$ 66 bilhões. Em 2021, foram adquiridos US$ 5,6 bilhões em produtos aproximadamente R$ 8,2 bilhões. Piva afirma que há espaço para o aumento desses gastos em 2023, porque o mundo foi atingido pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Além disso, a China flexibilizou as medidas de restrição aos negócios determinadas pela política de “Covid zero”.
Fonte: Jornal do Comércio