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CDL POA vê riscos ao comércio e à indústria local

Irio Piva afirma que isenção tributária ao e-commerce internacional causará a perda de milhares de empregos

“A isenção tributária do e-commerce internacional até US$ 50,00 é um problema muito sério que vai afetar de maneira profunda tanto o comércio quanto a indústria local. Como vamos competir com alguém como os chineses que tem isonomia de impostos. Enquanto isso, os empreendedores brasileiros pagam toda a carga tributária que existe no Brasil e as empresas como a AliExpress, Shopee e Shein entram no País com seus produtos completamente livre de impostos.” A análise foi feita pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Porto Alegre, Irio Piva, que nesta quinta-feira participou do Papo Amigo reunião-almoço da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), realizado na Sociedade Libanesa, em Porto Alegre.
 

Piva abordou o tema “A influência dos sites asiáticos no comércio brasileiro”. Segundo Piva, se não acontecer uma mudança de atitude por parte do governo federal a tendência no Brasil será a perda de milhares de empregos e a perda de renda na indústria e no varejo. “Como empresário a gente nunca defende impostos, mas somos a favor da isonomia para todos”, destacou. O presidente da CDL Porto Alegre disse que a entidade alertou o governo federal sobre a concorrência desleal. “A União acabou cedendo porque a grande base eleitoral está interessada que a sociedade faça compras sem impostos. Agora, quando precisamos de saúde, educação e segurança são os impostos gerados por nós empreendedores brasileiros que garantem todos esses serviços”, ressaltou. De acordo com Piva, há um desestímulo da indústria e do comércio brasileiro em detrimento de outros mercados estrangeiros.

“Estamos deixando de gerar emprego e renda no nosso país para gerar em outros mercados internacionais. Os empreendedores brasileiros são a favor de tratamento igualitário”, acrescentou. Conforme ele, os empresários brasileiros estimulam a livre concorrência, mas em condições de igualdade. “Se os estrangeiros, estiverem dispostos a pagar os mesmos impostos que nós pagamos não tem nenhum problema. E, neste caso, o consumidor vai escolher o que é melhor”, explicou.

Piva defendeu a taxação de todas de importações chinesas no mesmo moldes que a indústria e o comércio local pagam. Em 2022, os gastos dos brasileiros com artigos importados de pequeno valor – classe que inclui plataformas como AliExpress, Shein e Shopee foram de US$ 13,1 bilhões – cerca de R$ 66 bilhões. Em 2021, foram adquiridos US$ 5,6 bilhões em produtos aproximadamente R$ 8,2 bilhões. Piva afirma que há espaço para o aumento desses gastos em 2023, porque o mundo foi atingido pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Além disso, a China flexibilizou as medidas de restrição aos negócios determinadas pela política de “Covid zero”.

Fonte: Jornal do Comércio

 

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    07 outubro 2023

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