De maneiras distintas, a calamidade climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul em maio marcou a reunião de diretoria da CDL Porto Alegre nesta segunda-feira (29/07). De Curitiba, vieram o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Gilberto Deggerone, e o superintendente, Olívio Zotti, que surpreenderam e emocionaram os presentes ao entregar um cheque simbólico de R$ 50 mil para apoiar os afetados pela enchente que precisaram deixar suas casa. Já o secretário Estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, apresentou o Plano Rio Grande – diagnóstico da maior tragédia climática da história do RS. O secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, também participou do encontro.
Ao iniciar sua manifestação, Deggerone fez questão de enfatizar que tem origens familiares nas cidades gaúchas de Gaurama e Erechim. “Nós da ACP, temos uma relação muito forte com a CDL POA. Então, aproveitamos esta troca de informações a fim de cuidar ainda mais dos nossos associados para também conhecer melhor os serviços da CDL POA e também trazer a nossa contribuição para os que sofreram com a enchente”, disse o dirigente.
“Este gesto tem muita simbologia. Representa que, por mais difícil que seja a situação, sempre tem uma saída para recuperar, reconstruir e retomar a vida. E demonstra como precisamos ser gratos a todas as entidades e empresas que estão fazendo a diferença”, agradeceu o presidente da CDL POA, Irio Piva.
O secretário Capeluppi começou sua explanação afirmando que o RS é o Estado brasileiro que, historicamente, mais sofre danos econômicos com catástrofes naturais considerando os últimos 20 anos. Até dezembro de 2023 – ou seja, sem contabilizar a calamidade de 2024 -, a cifra era de R$ 120 bilhões contra R$ 50 bilhões do segundo mais prejudicado, Minas Gerais. Já a inundação de maio pode se tornar o maior desastre climático na história recente do Brasil, pois deve gerar entre duas e três vezes mais danos econômicos do que as calamidades anteriores.
“O governo está em uma busca ativa por recursos, em um mapeamento de oportunidades que começa por entender o que as pessoas e todas as instâncias do setor privado querem financiar. Por isso, a parceria com a sociedade civil, incluindo as empresas, é fundamental para ter ideias e propostas”, garantiu o secretário, funcionário de carreira da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Ele destacou que este plano e todas ações a serem implementadas não vão durar dois anos e meio, o tempo restante de mandato do governador, Eduardo Leite. Será muito mais. “Não se trata de um plano de governo. É da sociedade gaúcha para a sociedade gaúcha mitigar as consequências da catástrofe. Estamos colocando o cidadão no centro – o serviço público tende a priorizar o processo. O olhar é na perspectiva das pessoas”, complementou Capeluppi, agradecendo a oportunidade do debate, de mostrar os desafios e os limites do governo.
Irio Piva destacou que problemas grandes precisam de soluções igualmente grandes. “Por mais eficiente que os governos com boa vontade sejam, não conseguem resolver todos os problemas. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que a velocidade das ações vai definir o grau de recuperação do nosso Estado”, finalizou o presidente da CDL POA.
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