Centro Histórico de Porto Alegre não tem previsão de reabertura das lojas e ainda tem áreas inundadas.
A coluna buscou opiniões de dirigentes lojistas para mapear o que pode ser feito em prol da sociedade e do varejo gaúcho. Algumas medidas já são claramente vislumbradas:
“A última preocupação agora é com as lojas. Infelizmente, o que está perdido tá perdido. A frase é de Carlos Klein, dono da rede Via Condotti, que teve duas lojas inundadas situadas em Porto Alegre e Canoas. Klein, que também atua como vice-presidente da CDL Porto Alegre, indica dois focos do momento: as pessoas, pois muitos funcionários perderam tudo, e a ajuda a desabrigados. “Vamos trabalhar nesse momento pra não perder aquilo que é irrecuperável (vidas). Depois vamos recuperar o patrimônio com muita garra, força, foco, fé e determinação.” O tom deve pautar o que deve em breve entrar em cena: a reconstrução.
Vilson Noer, presidente da Federação Gaúcha das Associações de Varejo: Os impactos agora são muito maiores do que na Covid-19. As pessoas tiveram de ficar em casa, mas mantiveram sua renda e emprego. Quando voltaram, encontraram as lojas em totais condições estruturais de operação. As empresas durante a pandemia fecharam tudo, perderam vendas por um período. Agora, além de fechar e não ter vendas, os lojistas atingidos – e são maioria no Estado -, não têm ainda noção de como recomeçar. Prejuízos serão conhecidos após baixar a água. Imagina como está o emocional destes empresários? O fator colaborativo tem sido fundamental.
Irio Piva, presidente da CDL-POA: A volta será gradual e decisão de cada empresa. cada caso será diferente, mas temos uma cultura empreendedora e resiliente, então minha crença é que cada um ao seu jeito vai retomar o mais rápido que for possível. Ainda estamos na fase de cuidar da segurança física, alimentar e psicológica das pessoas, mas ao mesmo tempo já estamos agindo no sentido de conseguir condições de ajuda para viabilizar a retomada e também a sobrevivência das empresas. Sem dúvidas, será necessário medidas em âmbito estadual e federal, isenção de impostos, prolongamento de prazos para pagamento, prazo de carência para pagamento dos novos empréstimos e também suspensão por um período para os financiamentos contraídos na pandemia.
Fonte: Jornal do Comércio – Coluna Minuto Varejo
Colaboração: CDL POA
